Perigos escondidos na areia da praia

Passar o dia na areia é um passatempo típico do verão. No entanto, pode haver mais perigos do que você imagina. Para lidar com a areia, as brincadeiras na água e o surfe, você deveria saber que além de pequenas conchas e queimaduras solares, é preciso conhecer os perigos potenciais para se manter seguro e fazer de suas férias uma experiência agradável e sem traumas.

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De acordo com um estudo de 2007, a areia pode ser responsável por mais mortes na praia do que ataques do tubarão. As pessoas subestimam o quão rápido se formam os buracos na areia, fazendo áreas de redemoinho as quais podem engolir uma pessoa e causar afogamento. Normalmente, as vítimas ficam completamente submersas quando as paredes do buraco de areia inesperadamente entraram em colapso, como areia movediça, deixando praticamente nenhuma evidência do buraco ou localização da vítima.

Ao construir castelos de areia ou cavar buracos na praia, mantenha as crianças longe dos mesmos, principalmente se forem profundos ou mais altos do que a altura da cintura. O mesmo recomendamos para quando entrarem na água, isso serve para a sua segurança.

Bactérias como a Escherichia coli ( E. Coli) são um dos perigos da recreação à beira-mar. A E. coli é uma das principais espécies de bactérias que vivem no intestino inferior dos mamíferos, incluindo os seres humanos. Estirpes patogênicas de E. coli podem causar vômitos e diarreia. Essa bactéria pode prosperar bem na praia e até mesmo aprender a crescer e reproduzir na região. A bactéria é depositada na areia através do material fecal de muitos animais, incluindo cães, gatos e aves.

Enquanto E. coli é relativamente inofensiva (desconforto estomacal), pode ser um indicador de outros micróbios presentes na praia de contaminação fecal que pode revelar-se mais grave, como a salmonela. A contaminação ocorre frequentemente pela ingestão dos micróbios, portanto lavar as mãos depois de entrar em contato com a areia e antes de comer é fundamental.

Como sou ortopedista, preferi não entrar em detalhes sobre outras contaminações com parasitas na areia que ocorrem, como o famoso bicho geográfico.

Muitas pessoas acreditam que é com os tubarões que devemos nos preocupar na água, mas as maiores ameaças estão escondidas na areia. Alguns animais se enterram sob a areia em águas quentes e costeiras. Como tal, o animal pode ser difícil de ser visto por uma pessoa que pode acidentalmente pisar e irritá-lo.

As arraias têm uma barbatana pequena e venenosa no final da cauda. O veneno pode causar dor e irritação. Geralmente as picadas não são fatais a menos que uma pessoa seja alérgica à toxina.Bater os pés na areia e dar passos largos é uma maneira de alertar arraias e outros animais de seu avanço e dar-lhes tempo para nadar.

As medusas são encontradas em abundância no litoral. Algumas águas-vivas são geralmente inofensivas, mas muitas outras têm toxinas em seus tentáculos. Dependendo da espécie de água-viva, o contato com os tentáculos pode produzir uma queimadura leve e até uma reação neurológica grave. Isso ocorre dentro da água, mas muitas vezes elas estão no chão de areia.

Recomenda-se colocar vinagre ou soro fisiológico para aliviar a pele em caso de contato. Estas substâncias podem aliviar a toxina da água-viva e a queimadura na pele.

Como sou cirurgiã, atendo muitas pessoas que pisam em algum material cortante que necessitam de uma pequena cirurgia para ser removido, como cacos de vidro, latas e até pequenos pregos.

Existem alguns perfurantes da natureza, como espinhos e barbatanas os quais perfuram a pele e se instalam em regiões profundas como a musculatura do pé.

A única forma de se proteger e evitar que isso ocorra é sempre usar chinelos ou sandálias para andar, e se for correr na areia, use tênis, assim você se protege de qualquer corte ou perfuração.

O mar e a areia podem proporcionar maravilhosas férias de verão. Basta estar ciente do poder incrível da Mãe Natureza quando se aventurar na praia para que nada atrapalhe sua viagem!


Ana Paula Simões é Professora Instrutora da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo e Mestre em Medicina, Ortopedia e Traumatologia e Especialista em Medicina e Cirurgia do Pé e Tornozelo na Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo. É Membro titular da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia; da Associação Brasileira de Medicina e Cirurgia do Tornozelo e Pé, da Sociedade Brasileira de Artroscopia e Traumatologia do Esporte; e da Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte.

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