Má nutrição é uma das causas do nanismo nas crianças.
Agência da ONU afirmou que problema afeta 165 milhões de crianças com menos de cinco anos no mundo; relatório mostrou que Brasil está cumprindo as Metas do Milênio para combater a má nutrição.
O Fundo das Nações Unidas para a Infância afirmou que o progresso obtido até agora no combate ao nanismo mostra que é possível vencer o problema.
Segundo o Unicef, 165 milhões de crianças no mundo sofrem de nanismo nutricional, o que representa um em cada quatro menores, de zero a cinco anos. O relatório da agência da ONU calcula que 80% das crianças com está condição vivem em 14 países, a maioria na África e na Ásia.
Lista
O Unicef disse que o Brasil está cumprindo com as Metas do Desenvolvimento do Milênio para combater o nanismo. Mas vários vizinhos sul-americanos fazem parte da lista dos 81 países com mais casos, entre eles, Bolívia, Colômbia, Peru e Venezuela.
Entre os países lusófonos, Moçambique ocupa a 16ª colocação, seguido de Angola, em 28º . Também constam da lista, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.
Essa condição é mais grave na Índia, seguida da Nigéria, do Paquistão, da China e da Indonésia. Entre os 10 primeiros estão ainda, Bangladesh, Etiópia, República Democrática do Congo, Filipinas e Tanzânia.
Sucesso
O documento confirmou que uma das chaves para o sucesso na luta contra o problema é colocar a atenção no período que vai desde a gestação da mulher até os dois primeiros anos de vida da criança.
Os especialistas afirmam que o nanismo não significa apenas a criança ser mais baixa em relação ao padrão normal. Ele pode significar também um atraso no desenvolvimento cerebral e da capacidade cognitiva.
Os médicos afirmam que os danos causados ao corpo e ao cérebro das crianças é irreversível. Para o Unicef, essa injustiça, geralmente, é passada por gerações que acaba prejudicando o desenvolvimento da nação.
Risco
Além disso, as crianças com nanismo têm mais risco de morrer de doenças infecciosas.
O diretor-executivo do Unicef, Anthony Lake, afirmou que o nanismo pode eliminar oportunidades na vida da criança e oportunidades para o desenvolvimento do país.
Segundo Lake, os resultados dos avanços alcançados até agora mostram que esse é o momento de se acelerar o processo.
Progresso
Em partes da Índia, onde o problema atinge 61 milhões de crianças, houve progresso. No estado de Maharashtra, o índice de nanismo caiu de 39% em 2005 para 23% no ano passado.
No Peru, a queda foi de 33% num período de cinco anos. Etiópia, Haiti, Nepal, Ruanda, Republica Democrática do Congo, entre outros, também registraram bons resultados.
Combate
O Unicef informou que o nanismo e outras formas de má nutrição são reduzidos com uma série de medidas simples.
Uma delas é melhorar a nutrição das mulheres. Além disso, é importante o aleitamento materno e o consumo de doses suplementares de vitaminas e minerais.
* Publicado originalmente no site Rádio ONU.
(Rádio ONU)