A velocidade das mudanças que ocorrem atualmente tem sido relatada com freqüência como motivo para estimular mudanças em nossas atitudes, seja na carreira profissional, nos negócios ou na vida pessoal. Mas vamos tratar sobre as mudanças que têm ocorrido no campo das transfusões sanguíneas, e as suas alternativas.
Em tempos passados, não se questionava a medicina transfusional devido ao número de pessoas infectadas por doenças como sífilis, AIDS ser ínfimo. Porém, com o aumento das estatísticas, as autoridades de saúde passaram a se preocupar com o investimento de novas tecnologias, com a finalidade de detectar, por meio de exames mais precisos, os inimigos ocultos, (vírus). Contudo, munidos de novos conhecimentos, especialistas da área começaram a observar que havia possibilidade de mais pessoas serem infectadas por uma transfusão. E não é que foi descoberto o perigo da janela imunológica? O que significa isso? É o período de incubação por noventa dias do HIV no sangue sem a detectação de sua presença em exames “bacteriológicos específicos”. Este sangue contaminado pelo HIV é aplicado no paciente sadio, que passa a ser portador e transmissor de uma doença que adquiriu pela transfusão. Não são apenas os países em desenvolvimento que estão passando por sérios problemas com a medicina transfucional, mas também os países ricos. Os estoques de sangue diminuem vertiginosamente, pelo fato de muitas pessoas não serem aprovadas pelos testes, por fazerem parte do grupo de risco. Ainda é provável não haver mais grupo de risco, devido todos estarem sob suspeita. Por isso, há um número cada vez maior de hospitais que oferecem uma alternativa: cirurgias sem sangue.  Certo médico, consciente do problema, disse: “Não se pode aplicar sangue num paciente como se prescreve uma medicação, como era feito em outras épocas”. Realmente, não seria por mero acaso que o Professor Ian M. Franklin disse: “Pensem uma, duas, e três vezes antes de aplicar uma transfusão num paciente.” Outros especialistas no assunto afirmam que quem recebe sangue de outra pessoa corre os mesmos riscos dos que recebem um transplante de órgão. O sistema imunológico tem a tendência de rejeitar tecidos alheios. Observe mais uma alerta sobre transfusões: “Morte por Trali”. A lesão pulmonar aguda relacionada à transfusão (Trali), relatada pela primeira vez no início dos anos 90, é uma reação imunológica que ocorre após uma transfusão de sangue, pondo a vida em risco. Sabe-se atualmente que a Trali causa centenas de mortes a cada ano. No entanto, os especialistas suspeitam que o número seja muito maior, visto que vários profissionais da área não reconhecem os sintomas. Apesar de não se saber exatamente o que desencadeia essa reação, de acordo com a revista New Sientist, o sangue que provoca isso “parece vir principalmente de pessoas que foram expostas a vários grupos sanguíneos...  Observe o que diz em provérbio, 22: 3: “O argucioso é aquele que tem visto a calamidade e passa a esconder-se, mas os inexperientes passaram adiante e terão de sofrer a penalidade.” Contudo, se existem alternativas seguras às transfusões não haveria de concordar que não devemos nos arriscar para mais tarde sofrermos a penalidade? Sem sombra de dúvidas!
Veja, por exemplo, o resultado de uma cirurgia feita num bebê que nasceu com craniostenose, no Hospital Santa Catarina, em São Paulo - Brasil. Essa doença causa o fechamento precoce de uma ou mais suturas do crânio. Sua cirurgia foi feita sem sangue. Bastou fazer um corte na cabeça e introduzir o endoscópio entre a pele e o crânio... Qual o resultado? Surpreendente! O bebê ficou apenas um dia na UTI, enquanto o método convencional exige em média três dias. Pedro, hoje, além de ser uma criança saudável, tem uma vida normal, sem nenhum problema de saúde. Este é apenas um dos exemplos de cirurgias Alternativas. Cirurgia sem sangue, seguras, eficientes e confiáveis!
 Poderá se perguntar: se a medicina transfusional é tão arriscada, por que o sangue ainda é tão usado, especialmente quando existem alternativas? Uma das razões é porque muitos médicos simplesmente resistem às mudanças dos métodos tradicionais por desconhecerem as diversas terapias usadas, como alternativa às transfusões. Além do mais, a falta de atenção do “Ministério da Saúde”, com respeito ao assunto é um outro problema que deverá ser visto. Investimentos na capacitação de profissionais médicos, como a compra de aparelhos hospitalares, seriam essenciais para diminuir os riscos de contaminações, pelas transfusões, e, sobretudo, proporcionariam mais segurança e auto-estima aos pacientes que se submetem a cirurgias.
 Não obstante, já se vislumbra um novo horizonte. Entre inúmeros hospitais, o Hospital Panamericano, em São Paulo, é um dos que dispõem de técnicas e outros tratamentos medicamentosos para substituir o sangue no caso de uma cirurgia, dando-nos um modelo a seguir. Entre os recursos utilizados, encontram-se técnicas para expandir o volume de líquidos no organismo e estimular o crescimento e o desenvolvimento das células sanguíneas (uso de soro, ácido fólico e substâncias como eritropoetina, entre outros). Outra alternativa fenomenal é o reaproveitamento do sangue do paciente, durante a cirurgia, por meio de um aparelho simples, chamado “Cell-Saver”, responsável pela filtragem do sangue. De acordo com alguns especialistas, “a medicina transfucional em breve será coisa do passado”. Não é à toa que já existem milhares de profissionais médicos em vários países que tem a sensibilidade de realizarem cirurgias sem sangue. Queria destacar a brilhante cooperação do Professor cirurgião Dr. Luiz Porto Pinheiro da UFC - Universidade Federal do Ceará, que realiza cirurgias, até de grande porte, dentro dos padrões alternativos. Os que têm abraçado esta causa tão nobre são dignos de dupla honra e reconhecimento.
As alternativas à medicina transfusional deve-se a um grupo de pessoas que sempre se colocou à frente. Trata-se das Testemunhas de Jeová. Eu diria que a humanidade deve elogiar este grupo pela sua persistência em obedecer aos princípios bíblicos, que revolucionou novos experimentos na medicina transfusional, trazendo tratamentos médicos eficazes alternativos, não somente para elas, mas para todos. Assim como os cristãos primitivos e seu antepassado Noé, que obedeceram à ordem de Jeová para se “abster de sangue”, as testemunhas de Jeová também se esforçam em fazer isso. (Gênesis 9: 4) Há argumentos de que não devemos obediência a essa lei, devido esta estar expressa apenas nas “Escrituras Hebraicas”, conhecidas como o Velho Testamento. No entanto, não é de admirar que, no Novo Testamento, o apóstolo Paulo dá um conselho claro a todos os cristãos – “abster-se de sangue”. No fim do parágrafo, ele frizou: “Se vos guardardes cuidadosamente destas coisas, (de se absterem de sangue) prosperareis. Boa saúde para vós” (Atos 15: 19, 20, 29). Em outras palavras, Deus quer dizer que, se nos abstivermos de sangue, poderemos ser poupados de uma doença infecciosa. Além do mais, poderemos ser aprovados por cumprirmos as leis que Ele considera sagradas. Outros argumentam que essa restrição dada por Jeová só se aplica a comer sangue, mas a expressão fala por si mesma “abster-se”. Se um médico dissesse para nos abstermos de bebidas alcoólicas, dificilmente tomaríamos a liberdade de injetá-las na veia, não é verdade?
Não se pode confiar plenamente em tudo o que se costuma ouvir, há deturpação de fatos. Não tem sido comum soar em nossos ouvidos que as testemunhas de Jeová não contribuem para com os profissionais de saúde quando se submetem a uma cirurgia? Essas afirmações não procedem. O que ocorre é que elas rejeitam transfusões de sangue, porém, em compensação, têm procurado outros meios de tratamentos alternativos, simples, eficazes e seguros, que não são adotados apenas por elas, mas por milhares de pessoas bem informadas sobre os riscos que as transfusões podem trazer. É interessante observar o que certo pneumologista disse: “É importante que respeitemos os desejos da pessoa, e precisamos ser muito criteriosos no que diz respeito ao que permitimos entrar em nosso corpo”. Com certeza, mais do que nunca, precisamos guardar estas palavras. Portanto, prezado leitor, por prezarem a vida como sendo sagrada, as Testemunhas de Jeová, quando ficam doentes, mostram razoabilidade por procurar assistência médica e aceitar a grande maioria dos tratamentos disponíveis. É verdade que obedecem à ordem bíblica de ‘persistir em abster-se de sangue’ e, por isso, insistem em receber tratamento médico sem sangue. E essa opção, em geral, resulta num tratamento melhor e de qualidade e bem mais seguro.

Sebastião Ramos, funcionário público federal, Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

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