AS DENÚNCIAS DE VEJA E O MINISTRO DOS ESPORTES

Há um equívoco sem tamanho do governo como um todo ou em setores específicos, o de tentar a conciliação com interesses de bancos, empresas e mídia privada. O ministro dos Esportes Orlando Silva é uma das vítimas desse erro, tenha ou não culpa em cartório.

As denúncias da revista VEJA não fogem às características da publicação. Mentiras, armações, jogadas montadas a partir do esquema tucano/paulista e com cumplicidade explícita de todo um esquema corrupto que sonha com a volta ao poder e o controle da chave do cofre.

O soldado da Polícia Militar do Distrito Federal que acusou o ministro de corrupção está envolvido em uso indevido de verbas públicas, teve convênios com ONGs que dirige ou o faz através de testas de ferro anulados pelo Ministério, o caso soa a retaliação por parte do militar e uso para fins outros por VEJA, dentro de um grande esquema de poder e negócios. Chantagem.

O roteiro é sempre o mesmo. Quando o delegado Protógenes Queiroz, hoje deputado, prendeu o banqueiro Daniel Dantas, num só dia e num espaço de menos de três horas o então presidente do STF, Gilmar Mendes, concedeu dois habeas corpus a Dantas e na semana seguinte a revista saiu com matéria de capa afirmando que Protógenes e sua equipe haviam feito gravações no gabinete do ministro da Suprema Corte.

Hoje se sabe que Daniel Dantas é bandido lato senso e que as gravações nunca existiram, foram forjadas. Naquele momento a mentira foi fundamental para encurralar o governo, Protógenes e o juiz De Sanctis, que autorizara as ações do delegado.

O governo não percebe, ou não quer perceber, a impossibilidade de conciliação com as elites econômicas do País e paga o preço de alianças inaceitáveis. Mais ou menos como ajoelhou, tem que rezar. E tem rezado e muito.

A perda dos direitos de transmissão das Olimpíadas para a REDE RECORDE acendeu o sinal laranja na REDE GLOBO. Duas máfias da mídia privada no Brasil. Olimpíadas e Copa do Mundo envolvem perspectivas de lucros fabulosos, na casa dos bilhões. Para a mídia corrupta e para empresas e bancos.

Tanto um como outro evento, hoje, não trazem em si a característica de eventos esportivos de congraçamento, de busca de unidade entre os povos, mas tão somente a de negócios.

A Copa do Mundo representa para a GLOBO, com a perda dos direitos de transmissão das Olimpíadas, a possibilidade de "se ressarcir" do prejuízo. VEJA entra aí representando tucanos, DEMocratas, interesses de bancos e empresas paulistas. Quadrilhas.

Os embates entre o governo brasileiro e a FIFA - FEDERAÇÃO INTERNACIONAL DE FOOTBALL ASSOCIATION - abrem espaços para a ganância financeira dessa turma, quanto tanto, para ações políticas da oposição, hoje sem pé, cabeça ou perspectiva de curto e médio prazo.

Há toda uma associação criminosa nisso daí. São várias quadrilhas agindo em função de um só objetivo. O controle da Copa do Mundo. No duro mesmo, os lucros.

O que existe por trás das denúncias de VEJA é isso. A revista faz o serviço sujo das quadrilhas, não se importa com meios, com mentiras, com farsas e armações, existe com esse objetivo e com esse fim, até porque o grupo controlador, a família Civita, está em estado pré-falimentar (as empresas) e busca formas de sair da situação preservando o patrimônio dos "padrinhos".

Joga-se para o público num momento que setores de extrema-direita alimentados pela GLOBO tentam inflar os brasileiros em campanha contra a corrupção (são os corruptores). O pretexto para criar dificuldades ao governo Dilma (em si tonto e fraco diante dos desafios que enfrenta). Tal e qual em 1964 para justificar um golpe boçal contra a democracia. Com a diferença que Goulart caiu enfrentando essas elites.

Orlando Silva é vítima desse bom mocismo do governo, de acreditar que VEJA, GLOBO, RECORDE, etc, ou banqueiros, grandes empreiteiros e grandes corporações, latifúndio, serão capazes de compreender alguma coisa além da ganância que os caracteriza, não importando os meios, desde que os fins sejam alcançados.

VEJA faz as denúncias, a mídia privada repercute as denúncias, o deputado ACM Neto, líder do DEM e braço do tucanato paulista, se agita em declarações "patrióticas", de paladino da moral e dos bons costumes e o governo, como naquela velha história, por conta de alianças inaceitáveis, fica seguro pela brocha, pois a escada foi puxada.

No fim de tudo a um monte de explicações para justificar denúncias que se reais ou não, para eles não importa e novas montagens de alianças políticas que pouco a pouco vão jogando fora o que resta de capital político ao governo Dilma.

O objetivo acaba sendo alcançado independente de ser verdade ou mentira.

A cada denúncia desse naipe as grandes quadrilhas vão arrancando concessões, negócios e neste caso, a realização da COPA DO MUNDO, que está por trás de tudo, é a chance de bilhões em faturamento. Dá para compensar a perda dos direitos de transmissão das Olimpíadas. Dá para injetar algum fôlego no tucanato paulista, no esquema FIESP/DASLU e de quebra, grandes negócios para banqueiros e corporações.

É a linha do modelo e o governo, sistematicamente, cai nesse tipo de armadilha. O que acaba restando como prova definitiva que essa prática conciliatória não traz avanço algum, ganho algum para os brasileiros. Só para os donos.

O "denunciante", no caso o soldado PM, em tudo e por tudo é desqualificado. Como VEJA.

Mas não estão nem aí para isso. O negócio é conseguir "negócios".

A propósito, em sua cruzada contra a corrupção, que tal VEJA mostrar os negócios da FUNDAÇÃO ROBERTO MARINHO. Em particular o convênio para qualificar pessoas para o turismo, com 17 milhões do Ministério do Turismo e que, das oitenta mil anunciadas, meia dúzia foi de fato qualificada.

Como explicar isso?

É o que existe de concreto, o que há por trás desse esquema de denúncias contra o ministro dos Esportes. E de quebra Ricardo Teixeira no meio. O dito cujo ameaçado pela GLOBO quer dar concessões especiais à GLOBO na COPA DO MUNDO. Compensar a perda das OLIMPÍADAS. Ratos e entraram em acordo e convocaram VEJA para a lambança. É o papel que tem sido da revista.

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