BIRUTA DESGOVERNADA

Há um trem qualquer fora de esquadro. Falo do Brasil. Se fosse considerar o resto do mundo, tudo indica que o planeta saiu de órbita e numa espécie de viagem no tempo voltou ao passado. Joga-se futebol com a cabeça dos inimigos abatidos no campo de batalha. Foi o que aconteceu na estupidez contra Muamar Gadaffi.

A presidente Dilma Roussef não tem a menor idéia do rumo de uma eventual biruta que possa organizar o seu governo. Dar-lhe uma direção. Por maiores que sejam os esforços do seu partido, ou dela, o barco dá sinais que não é bem assim como se imaginava, mas bem assado, quase torrado, fora do ponto ou de parâmetros desejados e assumidos como compromisso de campanha.

Deveria pedir ao ministro dos Esportes, um dos baluartes da empresa PC do B S/A para pedir demissão. Culpado ou não a situação do ministro é insustentável e não vai resistir ao vento que vem de todos os lados.

Criado como que uma ponta sem importância no conjunto de ministérios que compõem o quadro de auxiliares imediatos do presidente da República, o Ministério dos Esportes, de suma importância, ganhou vulto nos últimos anos e passou a ser decisivo no período que antecede a Copa do Mundo de 2014.

E sempre sob suspeita de corrupção. FHC teve que chamar Pelé a Palácio, era o seu ministro, para pedir ao ex-jogador que apresentasse seu pedido de demissão. O imediato de Pelé, seu empresário, estava fazendo festa com o dinheiro público. Para FHC demitir alguém por corrupção é porque o negócio estava bravo.

Futebol no Brasil tem peso capital. É questão de Estado. De uma ordem tal que determinados clubes acabam se transformando em nações. Por aí se mede a importância do esporte. Somos de fato os maiores do mundo na bola. Cinco títulos mundiais. E em cada copa na condição de favoritos.

Um técnico alemão, me esqueço o nome, ex-jogador, ao final da Copa ganha pela França, em 1998, deu uma declaração à imprensa mais ou menos assim - "que bom que o futebol não tem lógica, do contrário o Brasil seria sempre o campeão".

Orlando Silva, independente de provas ou não e a denúncia partiu de uma revista especializada em chantagens, extorsões, etc, não tem mais como permanecer à frente do Ministério.

É como Ricardo Teixeira à frente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol). Nesta reta final de campeonato brasileiro, um dos maiores do mundo, está pressionado pelos cinco clubes com condições de alcançar o campeonato para que as arbitragens sejam honestas ou no mínimo competentes.

Pênalti é pênalti, falta é falta, nada daquela mediocridade que se vê todos os sábados e domingos, ou as quartas e quintas, de um quadro de árbitros pífios como o atual.

Vasco, Corinthians, Botafogo, Flamengo e Fluminense, potências do futebol brasileiro - e ainda tem o São Paulo - querem "arbitragens honestas". É o cara é candidato a presidente da FIFA (Federação Internacional de Futebol Association).

Se juntarmos, no caso dos árbitros atuais, medíocre e o jogo político imposto pela CBF, o mínimo que se espera é guerra de facas no escuro.

O partido do ministro Orlando Silva, o PC do B é descaradamente uma grande empresa hoje. Não tem mais o sentido que lhe emprestou João Amazonas. O programa eleitoral usando imagens de Prestes e Olga Benário, ao contrário de atingir os objetivos que pretendiam, mostrou apenas o caráter canalha, oportunista do partido/empresa.

Acabou de jogar, aí, com um exemplo de desfaçatez, o ministro no chão.

Não tem como ficar. Prejudica um governo confuso e sem rumo como o de Dilma Roussef, que leva FHC para jantar no Palácio do Alvorada e troca figurinhas com o ex-presidente, uma das piores figuras de nossa história e devedor de sete milhões de reais ao Ministério da Cultura, na pilantragem do Instituto FHC, pirâmide que constrói em São Paulo para "legar" ao País o conto da Carochinha neoliberal que foi seu governo.

Há uma biruta desgovernada no Planalto e Dilma ainda não mandou consertar ou nem sequer imaginou chegar perto para tentar entender o que está acontecendo. Está desconectada.

E não pode também buscar apoio no seu partido. A cúpula é um dos maiores estragos já feitos à história das forças populares no Brasil.

A crise não vem - se vier - por conta dos vaticínios aloprados de Miriam Leitão. Não. Essa é uma espécie de pitonisa ao contrário. O que diz que vai acontecer é o que não vai acontecer. Vem pela falta de rumo de Dilma e aí o preço a ser pago pelos brasileiros não tem tamanho, entre eles a ameaça de volta dos tucanos.

publicidade
publicidade
Crochelandia

Blogs dos Colunistas

-
Ana
Kaye
Rio de Janeiro
-
Andrei
Bastos
Rio de Janeiro - RJ
-
Carolina
Faria
São Paulo - SP
-
Celso
Lungaretti
São Paulo - SP
-
Cristiane
Visentin

Nova Iorque - USA
-
Daniele
Rodrigues

Macaé - RJ
-
Denise
Dalmacchio
Vila Velha - ES
-
Doroty
Dimolitsas
Sena Madureira - AC
-
Eduardo
Ritter

Porto Alegre - RS
.
Elisio
Peixoto

São Caetano do Sul - SP
.
Francisco
Castro

Barueri - SP
.
Jaqueline
Serávia

Rio das Ostras - RJ
.
Jorge
Hori
São Paulo - SP
.
Jorge
Hessen
Brasília - DF
.
José
Milbs
Macaé - RJ
.
Lourdes
Limeira

João Pessoa - PB
.
Luiz Zatar
Tabajara

Niterói - RJ
.
Marcelo
Sguassabia

Campinas - SP
.
Marta
Peres

Minas Gerais
.
Miriam
Zelikowski

São Paulo - SP
.
Monica
Braga

Macaé - RJ
roney
Roney
Moraes

Cachoeiro - ES
roney
Sandra
Almeida

Cacoal - RO
roney
Soninha
Porto

Cruz Alta - RS