LUAR DE IMBETIBA

Psicanálise de uma cidade / Por José Milbs

O QUE A HISTORIA NÃO DISSE, EU DIGO...

Sempre digo que a historia de uma cidade não se faz com 30 anos nem com 40. Uma cidade, por pior que seja a amnésia de seus habitantes que dominam a informação, deve respeitar os seus vultos e seus valores. Por isso é que fiz uma observação a Coordenadoria de Mulheres, através deste jornal O REBATE on-line para ter cuidado quando fosse editar o livro das mulheres para que não caísse no ridículo de citar mulheres que nada tem a ver com a verdadeira história mulheres macaenses. De nada adiantou, O livro, longe de fazer justiça às mulheres de nossa história, se dedicou a uma tentativa torpe de bajular algumas mulheres que, em minha opinião, e esta opinião faz coro muitos jornalistas, historiadores e escritores que tenho conversado através do telefone e no virtual.

Sei, e disto pude ouvir de algumas, que não aceitaram fazer parte deste livro que não se sentiam a altura de participarem de uma historia de mulheres só porque estão no poder transitório.

Não adianta que a hipocrisia não tem mais lugar onde se pode chegar com a internet.

Deixando de lado esta página triste da historia de Mulheres de nossa história que foram misturadas com mulheres da história deles, quero homenagear um grande vulto da História de Macaé. Refiro-me ao Adyr Luiz de Shueler. Adyr foi contemporâneo de minha mãe Ecila, de Maria Angélica, de Magda, de Letícia Carvalho, de Amélia Pinto Brasil, de dona Senhora, de dona Fifi, de dona Dêga de dona Totinha de dona Delzinha, dona Ermitã, Dona Noca e tantas outras que nomeio neste jornal em MULHERES DE NOSSA HISTORIA. Lembrei de Adyr porque no dia 31 deste mês de maio que findou era dia de seu aniversário. Toda a comunidade espírita de Macaé reverenciada este dia. Nelito, seu fiel amigo e todos que o amavam iam a sua casa para os parabéns. Adyr era um dos rapazes mais lindo de Macaé nos anos 30, falava sempre dona Marietta Peixoto, dona Durvalina, dona Elisa Diniz, dona Elisa (bichara) Santos, e um monte de senhoras que são citadas no meu artigo. Estas senhoras, sentadas sempre à beira das calçadas da rua principal faziam as verdades verdadeiramente macaenses irem de boca em boca e não através de páginas tristes das mídias pagas com o dinheiro do povo.

Adyr sempre era o mais elegante. Disputava com Moacyr do Carlos Rodrigues, Waldyr Siqueira, Djecyr Nunes da Gama e Carlos Augusto Tinoco Garcia, os olhares de soslaio das menininhas macaenses dos anos 30.

Macaé ainda engatinhava e não sabia das mentiras que se iriam forjar anos mais tarde. Era uma Macaé bucólica. Linda e pura. Adyr Luiz foi um destes pilares das saudades. Ex-vereador combativo nos anos 60 ou eu também atuei com vereador, eles assumia sua condição de Umbandista numa época que bem sabemos como era o poder da Igreja. Sempre firme, elegantemente bonito e com seu olhar de confiança no que sempre pregava, deixou a marca de sua presença na historia de Macaé na representatividade de seus filhos Ralph (meu colega de escoteiro), Tânia e Ronaldo.

O velho Gastão Henrique Schueler e dona Guiomar Jaccoud Schueler, sempre sentados à beira das calçadas em frente a Praça da Matriz, em companhia de Mirsys e Nancy faziam a harmonia do belo macaense e suas história pedirem o perpetuamente que hoje faço na ausência material de um jornal escrito. O REBATE com seus 75 anos fazendo história irá cumprir o seu papel na história verdadeiras de seus valores.


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