Memórias: Malcolm X foi assassinado há 50 anos

No dia 21 de fevereiro de 1965, Malcolm X foi assassinado enquanto discursava para a Organização da Unidade Afro-Americana.

reprodução

Malcolm Little nasceu no dia 19 de maio de 1925, em Omaha (Nebraska-EUA). Era filho de James Earl Little, pregador batista, que defendia os ideais nacionalistas dos negros. Ameaças vindas da organização racista Ku Klux Klan obrigaram a família a mudar-se para Lansing (Michigan), onde o pai continuou os sermões.
 
Em 1931, o pai de Malcolm foi brutalmente assassinado pela Ku Klux Klan. No princípio passou a viver numa família adotiva e algum tempo depois num reformatório. Em 1937, mudou-se para Boston onde teve diversos empregos e com o passar do tempo envolveu-se em atividades delituosas.
 
Em 1946, Malcolm foi preso, acusado de roubo. Na prisão, conheceu Elijah Muhammad, líder da Nação do Islão, organização que defendia o nacionalismo negro e o separatismo racial, condenando os norte-americanos descendentes de europeus como “demónios imorais”.
 
As teses de Elijah Muhammad impressionaram vivamente Malcolm, que resolveu fazer um intenso programa como auto-didata. Trocou o sobrenome, derivado da herança do esclavagismo, por um X que representava um nome desconhecido dos seus antepassados africanos.
 
Em 1952, foi libertado e tornou-se ministro da Nação do Islão. Ao contrário dos líderes dos direitos civis, como Martin Luther King, Malcolm X defendia a autodefesa e a libertação dos afro-americanos. Orador fogoso, Malcolm era admirado pela comunidade negra de todo o país.
 
No final de 1963, Malcolm insinuou que o assassinato do presidente John Kennedy se resumiria em "quem semeia ventos, colhe tempestades". Isto levou Muhammad a acreditar que Malcolm X se tornara poderoso e julgou que aquela declaração era a oportunidade para suspendê-lo da organização Nação do Islão.
 
Alguns meses mais tarde, Malcolm X deixou a Nação do Islão e empreendeu uma peregrinação a Meca (Arábia Saudita), onde ficou admirado com a ausência de discordância racial entre os muçulmanos ortodoxos. Devido a esta viagem e a outros países de África e Europa, deixou as suas anteriores crenças.
 
Voltou aos Estados Unidos, adotando o nome árabe El-Hajj Malik El-Shabazz e, em junho de 1964, fundou a Organização da Unidade Afro Americana, que defendia a identidade negra, mas sustentava que o racismo e não a raça branca era o maior inimigo dos negros norte-americanos.
 
O novo movimento de Malcolm X foi ganhando continuamente seguidores e a sua filosofia mais moderada tornou-se cada vez mais influente no meio do movimento pelos direitos civis, especialmente entre os líderes do Comité de Coordenação dos Estudantes Não Violentos..
 
No dia 21 de fevereiro de 1965, uma semana após a sua casa ter sido atingida por uma bomba incendiária, Malcolm X foi alvejado mortalmente, enquanto discursava, em Nova Iorque, perante 400 pessoas, por homens presumivelmente relacionados com a organização Nação do Islão.
 
Thomas Hagan foi o único dos três detidos pela morte de Malcolm X que reconheceu a participação no seu assassinato. Hagan foi posto em liberdade condicional, em 2010, depois de ter cumprido 44 anos de prisão

publicidade
publicidade
Crochelandia

Blogs dos Colunistas

-
Ana
Kaye
Rio de Janeiro
-
Andrei
Bastos
Rio de Janeiro - RJ
-
Carolina
Faria
São Paulo - SP
-
Celso
Lungaretti
São Paulo - SP
-
Cristiane
Visentin

Nova Iorque - USA
-
Daniele
Rodrigues

Macaé - RJ
-
Denise
Dalmacchio
Vila Velha - ES
-
Doroty
Dimolitsas
Sena Madureira - AC
-
Eduardo
Ritter

Porto Alegre - RS
.
Elisio
Peixoto

São Caetano do Sul - SP
.
Francisco
Castro

Barueri - SP
.
Jaqueline
Serávia

Rio das Ostras - RJ
.
Jorge
Hori
São Paulo - SP
.
Jorge
Hessen
Brasília - DF
.
José
Milbs
Macaé - RJ
.
Lourdes
Limeira

João Pessoa - PB
.
Luiz Zatar
Tabajara

Niterói - RJ
.
Marcelo
Sguassabia

Campinas - SP
.
Marta
Peres

Minas Gerais
.
Miriam
Zelikowski

São Paulo - SP
.
Monica
Braga

Macaé - RJ
roney
Roney
Moraes

Cachoeiro - ES
roney
Sandra
Almeida

Cacoal - RO
roney
Soninha
Porto

Cruz Alta - RS