Descoberta do Brasil - 22 de Abril de 1500


Filme da Descoberta do Brasil

Diz a tradição que foi Pedro Álvares Cabral que em 22 de Abril de 1500, descobriu o Brasil.
Este navegador era um fidalgo ainda novo e muito culto, e assim, D. Manuel lº teria lhe confiado uma armada que de caminho para a Índia, passou pelo Brasil.
Cabral nasceu em Belmonte, em 1467 ou 68, e era filho de Fernão Cabral, alcaide-mor dos castelos de Belmonte e da Guarda, e de D. Isabel de Gouveia, filha de João Gouveia, alcaide-mor de Castelo Rodrigo. Brasão da Família Cabral
O rei confiou-lhe 13 navios, com os quais partiu para a viagem, em princípios de Março de 1500.
Pedro Álvares Cabral seguiu a rota de Vasco da Gama, que na sua descoberta do Caminho Marítimo para a Índia, teria estado a cerca de duas mil milhas das costas brasileira. Quer dizer que seguiu até Cabo Verde, mas, a partir daí afastou-se muito da costa africana, a tal ponto que começaram a ver-se sinais de terra, no lado oposto do oceano, no dia 22 de Abril.
No dia seguinte, ancoraram num ilhéu de águas calmas, e desembarcaram na baía hoje conhecida pelo nome de Cabrália (hoje Ilhéu de Coroa Vermelha). Pedro Álvares Cabral, depois de um primeiro contacto com os índios Aymoré, tomou posse da nova terra e mandou e 26 de Abril de 1500, rezar missa no local e lá ergueu uma cruz, tendo dado a essa terra o nome de Vera Cruz, o qual se transformou depois em Santa Cruz e, ainda mais tarde, em BRASIL.
Quando o navegador desembarcou, verificou que se tratava de um território com muita vegetação e que os seus poucos habitantes tinham a pele avermelhada.
Pedro Álvares Cabral apressou-se a mandar novas da sua descoberta ao rei de Portugal, para o que enviou de pronto uma caravela portadora de uma mensagem em que relatava este facto.
Ainda hoje não se sabe, ao certo, se o Brasil foi, na realidade, descoberto por Pedro Álvares Cabral nesta data, ou se a sua existência já era anteriormente conhecida dos portugueses. O que a ser verdade, teria sido mantido em rigoroso segredo... (*).
Do Brasil, Pedro Álvares Cabral seguiu para a Índia. Presentemente, seu corpo encontra-se num túmulo no Panteão da Família Cabral, em Belmonte.

Gil Eanes, passa o Cabo Bojador

Sendo navegador da Casa do Infante, em 1433 recebeu de D. Henrique a capitania de uma barca com o objetivo de dobrar o cabo que marcava o limite conhecido da costa ocidental africana. Partiu, chegou às ilhas Canárias onde fez alguns cativos, e regressou ao reino sem alcançar o Bojador, o grande obstáculo da navegação para sul. Com o conhecimento, os meios e os instrumentos disponíveis na altura, a tarefa não seria assim tão simples: o cabo, rodeado de recifes e envolto quase sempre em nevoeiro, parecia aos olhos dos navegadores, quer cristãos quer muçulmanos, intransponível. O mundo conhecido acabava ali, naquelas águas ferventes habitadas por monstros marinhos, como rezavam as lendas. Muitos marinheiros arriscaram a perigosa viagem e falharam sempre. Diz-nos o historiador Damião Peres, com base numa carta régia do século XV, que ter-se-iam realizado 15 tentativas em 12 anos, nenhuma capaz de vencer o Bojador. Até que em 1434... ano que fez nova tentativa e desta vez com êxito. Nestes 12 anos, foi concebido o projeto das Caravelas (ou galeões), com mais bojo e calado (quilha) menor, o que permitiu passar os recifes. Estas caravelas com mais mastros, tornavam-se mais difíceis de manobrar e quando apanhavam os ventos alísios, eram empurradas para mais longe da costa, ficando em oceano aberto ao sabor do vento.

(*) A dúvida mantém-se…
O Brasil teria sido descoberto por Pedro Álvares Cabral ?... Ou teria sido descoberto pelo ignorado (por amor a el-rei e por interesses de Portugal) navegador e astrólogo português Duarte Pacheco Pereira, cerca de 30 de Novembro de 1498? Também parece que o espanhol Vicente Pinzón teria estado em Janeiro de 1500, na foz do Amazonas, onde teria encontrado um marco de pedra português.
Tudo isto porque no Tratado de Tordesilhas, Portugal e Espanha definiram o meridiano que separaria as futuras colónias portuguesas e espanholas a 370º a Oeste do arquipélago de Cabo Verde. Neste caso, o Brasil teria sido uma colónia espanhola.

PEDRO ÁLVARES CABRAL


Pedro Álvares Cabral (1467-1517) é o segundo filho dos senhores do Castelo e das terras de vila Belmonte, na Beira-Baixa. A história de sua família é semelhante à da maioria da nobreza portuguesa: cavaleiros e soldados, inclusive mercenários, que conquistam títulos e terras na luta pela reconquista do território aos muçulmanos e, num segundo momento, nas guerras contra Castela que levam a casa de Avis ao trono português. Pedro Álvares muda-se para a corte aos 11 anos. Estuda literatura, história e ciências, cosmografia, marinharia e as artes militarem. Aos 16 anos é nomeado fidalgo da corte de dom João II. No reinado de dom Manuel, passa a integrar o Conselho do Rei, é admitido na Ordem de Cristo – uma distinção entre os nobres – e recebe uma pensão anual. Aos 33 anos é escolhido para comandar a segunda expedição às Índias. Depois de alcançar as terras brasileiras, retoma a rota de Vasco da Gama. Aporta em vários reinos africanos, estabelece relações com os poderosos locais e chega a Calicute em 13 de setembro de 1500. Ao voltar a Lisboa, dia 6 de junho de 1501, é aclamado herói. Sua glória dura pouco. Desentende-se com o rei sobre o comando da próxima expedição às Índias, programada para 1502. Vasco da Gama é escolhido para comandar a esquadra, e Cabral desaparece do cenário político.
Esquadra de Cabral – Cabral comanda a maior e mais bem equipada frota a zarpar dos portos ibéricos até então. Com dez naus e três caravelas, leva 1.500 homens, quase 3% da população de Lisboa, na época com cerca de 50 mil habitantes. São representantes da nobreza, comerciantes, artesãos, religiosos, alguns degredados e soldados. Participa da expedição um banqueiro florentino, Bartholomeu Marquione, elo de ligação entre a Coroa portuguesa e Lourenço de Medici, o senhor de Florença. É essa expedição que descobre o Brasil, dia 22 de abril de 1500.
Os pilotos – A esquadra inclui alguns dos mais experientes navegadores da época. Um deles é Bartolomeu Dias, o primeiro a contornar o cabo da Boa Esperança e a descobrir a passagem marítima para a Ásia, em 1485. Outro é Duarte Pacheco Pereira, apontado pelos historiadores como um dos mais completos cartógrafos e pilotos da Marinha portuguesa do período. Bartolomeu Dias não chega às Índias. Morre quando seu navio naufraga justamente ao cruzar o cabo da Boa Esperança, que conquistara 12 anos antes.

O polémico desvio de rota

Por muito tempo, o descobrimento do Brasil, ou "achamento", como registra o escrivão Pero Vaz de Caminha, é considerado simples acaso, resultado de um desvio de rota. A partir de 1940 vários historiadores brasileiros e portugueses passam a defender a tese da intencionalidade da descoberta, hoje amplamente aceita.
Descoberta intencional – Os historiadores argumentam que, no final do século XV, Portugal já sabe da existência de uma grande área de terra firme a oeste do Atlântico. Pode ter sido avistada por seus pilotos que navegaram para regiões ao sul do golfo da Guiné. Até o golfo, as correntes marinhas são descendentes e é possível fazer uma navegação costeira. Do golfo da Guiné para baixo, as correntes se invertem. Para atingir o sul da África é preciso afastar-se da costa para evitar os ventos e correntes que ali têm ascendente (corrente de Benguela), navegar para o ocidente até pegar a "volta do mar", hoje chamada corrente do Brasil : ventos e correntes descendentes que passam pelo nordeste brasileiro e levam ao sul do continente africano. O primeiro a fazer isso é Diogo Cão, em 1482, seguido depois por Bartolomeu Dias e Vasco da Gama ao contornarem o cabo da Boa Esperança.
A "quarta parte" – Em 1498 o rei Dom Manuel manda o cosmógrafo e navegante Duarte Pacheco Pereira percorrer a mesma rota de Vasco da Gama e explorar a chamada "quarta parte", o quadrante oeste do Atlântico sul. Em seu livro Esmeraldo de situ orbi, o navegante relata suas descobertas: "...temos sabido e visto donde na vossa alteza mandou descobrir a parte ocidental, passando além da grandeza do mar Oceano, onde foi achada e navegada uma tão grande terra firme, com muitas e grandes ilhas adjacentes..." Mais dois navegantes espanhóis, Vicente Pinzón e Diego de Lepe, também teriam aportado nessas terras, respetivamente em janeiro e fevereiro de 1500. Não tomam posse do território por saberem estar na área portuguesa demarcada pelo Tratado de Tordesilhas.

Trabalho e pesquisa de Carlos Leite Ribeiro – Marinha Grande - Portugal

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