O câncer de pênis é um tumor raro, com maior incidência em indivíduos a partir dos 50 anos de idade. Está  diretamente relacionado às baixas condições sócio-econômicas e de instrução, à má higiene íntima e a indivíduos não circuncidados. 

A doença responde por poucos casos de câncer nos homens. No entanto, torna-se muito grave porque atinge a camada da população de baixo nível econômico, que convive com a miséria e com a falta de informação sobre o assunto. “No Brasil, o tumor representa 2% de todos os casos de câncer no homem, sendo mais freqüente nas regiões Norte e Nordeste. Entretanto, nas regiões de maior incidência, o câncer de pênis supera os casos de câncer de próstata e de bexiga”, afirma o urologista Ricardo Felts de La Roca. Maranhão, Ceará, Pernambuco, Bahia e Pará são os estados com maior concentração de casos de câncer de pênis no Brasil. A informação consta do estudo epidemiológico da doença no país, realizado pela Sociedade Brasileira de Urologia (SBU).

O câncer de pênis é um tumor raro, com maior incidência em indivíduos a partir dos 50 anos de idade. Está  diretamente relacionado às baixas condições sócio-econômicas e de instrução, à má higiene íntima e a indivíduos não circuncidados. “O dado social mais triste é o de que a maioria dos casos só é descoberta em estágio avançado, quando o único tratamento possível é a retirada total do órgão”, afirma o médico, que também é assistente estrangeiro da Faculdade de Medicina de Paris V – Hospital de la Pitié-Salpetrière.

A falta de higiene é um dos maiores fatores de risco para esse tipo de câncer. Faz parte da prevenção da doença lavar o pênis diariamente com água e sabão, em especial debaixo do prepúcio, a pele que recobre a cabeça do genital (glande). “Esse ato não só impede o surgimento de infecções, como leva o homem a observar se existe algum tipo de alteração ou ferida no órgão”, diz Ricardo Roca. Outros fatores de risco são as lesões penianas crônicas, o comportamento sexual de risco, a infecção pelo papilomavírus humano (HPV) e a fimose – que ocorre quando a pele do prepúcio é estreita ou pouco elástica, impedindo a exposição da glande e a limpeza adequada.

A manifestação clínica mais comum do câncer de pênis é uma ferida persistente ou uma tumoração localizada na glande, no prepúcio ou no corpo do pênis. “É preciso destacar que qualquer ferimento que não cicatriza, ou uma tumoração, independente de causarem dor devem ser examinados por um médico”, diz o especialista. Em alguns casos, o crescimento nos gânglios inguinais - íngua na virilha - pode ser uma manifestação inicial do câncer de pênis.

Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer, (INCA), cerca de mais da metade dos pacientes com câncer de pênis demoram mais de um ano para procurar assistência médica, após o aparecimento das lesões iniciais. Quando diagnosticado em estágio inicial, o câncer de pênis apresenta elevada taxa de cura. “O diagnóstico precoce é fundamental para evitar o crescimento local da doença e a posterior amputação do pênis, que traz conseqüências físicas, sexuais e psicológicas para o homem. Por isso, quanto mais cedo for iniciado o tratamento, maiores são as chances de cura”, diz o urologista. O tratamento depende da extensão local do tumor e do comprometimento dos gânglios inguinais. Cirurgia, radioterapia e quimioterapia são as alternativas terapêuticas.

“Quando falamos em câncer de pênis, o mais importante é disseminar massivamente entre a população masculina noções básicas de higiene íntima. Além disto, a prevenção da doença pode ser feita se o cidadão tiver a noção da importância de fazer o auto-exame do pênis”, diz o urologista. Segundo o médico, ao realizar o auto-exame, os homens devem estar atentos à:

-perda de pigmentação ou manchas esbranquiçadas;

-feridas e caroços no pênis que não desapareceram após tratamento médico, e que apresentam secreções e mau cheiro;

-tumoração no pênis e/ou na virilha (íngua);

-inflamações de longo período com vermelhidão e coceira, principalmente nos portadores de fimose.

“Ao notar qualquer um destes sinais, é necessário procurar um médico imediatamente”, recomenda Ricardo Roca.

 

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