Nota de repúdio à violência da Polícia e das Forças Armadas

A Frente Independente Popular (FIP-RJ) repudia a violenta ação da polícia e das Forças Armadas contra a população civil no dia 06 de fevereiro, quando o Rio de Janeiro viveu novas cenas de confronto entre um povo indignado e uma polícia cada vez mais violenta. Durante um protesto contra o aumento das tarifas de ônibus, os manifestantes que entraram na Central para realizar um novo “catracaço” e, assim, liberar a passagem para o povo, foram duramente reprimidos com bombas de efeito moral, spray de pimenta, gás lacrimogênio, balas de borracha e cassetetes.

A “grande imprensa” não cessa em falar sobre o caso do cinegrafista da Band, mas não noticia que a própria polícia continuou jogando bombas de efeito moral e gás lacrimogênio contra manifestantes e jornalistas que procuravam ajudá-lo, dificultando o atendimento médico, mesmo após perceber que havia uma pessoa ferida. O fato é: Santiago Andrade é mais uma vítima do Estado, pois sua lesão (e agora o infeliz falecimento) é consequência da situação de conflito e das agressões iniciadas pela polícia.

Além disso, as grandes emissoras silenciaram sobre os tantos manifestantes e populares agredidos, humilhados, presos e torturados pela polícia e pelo Exército. Sequer noticiaram a morte de um idoso, Tasnan Accioly, de 65 anos, que teve as pernas esmagadas após ser atropelado por um ônibus, quando em meio à correria fugia do gás lacrimogênio e das bombas de efeito moral lançados pela polícia.

A mídia burguesa não informou nada sobre o senhor algemado e imobilizado com o corpo jogado ao chão; sobre o menino que apanhou de dez policiais; a mulher que caiu e ficou ao solo sendo atendida por socorristas; a grávida que passou mal; os inúmeros manifestantes que foram presos ilegalmente; os jovens isolados dentro do Palácio Duque de Caxias, presos pelo Exército. Muitas pessoas sofreram violência policial dos tipos mais diferenciados.

Houve um outro fenômeno: os jovens que foram presos dentro do Palácio Duque de Caxias sofreram agressões da polícia do Exército. Esses dois jovens, contrariando toda a Constituição da República, foram isolados, ficando sem comunicação com advogados. Acusados de crime militar sem o menor fundamento legal, sentiram na pele os anos de chumbo que o Brasil já passou.

As Forças Armadas declararam que estão ao lado da repressão, como estiveram durante a ditadura militar e como sempre tem estado quando a sua missão de “defender a ordem” aparece. Uma ordem corrupta e desumana, que defende os governantes e capitalistas e reprime as classes exploradas.

Apesar de toda a violência, o Rio de Janeiro viu seu povo oprimido e explorado lutar bravamente. Barricadas construídas, bandeiras tremulando, bombas devolvidas. Os lutadores e lutadoras que enfrentaram – sem qualquer aparato militar – a Tropa de Choque da PMRJ, lutaram guiados por justiça, pelo desejo de mudança. Lutaram e lutam não só por acreditar, mas por saber que podem mudar a própria realidade.

LUTAR NÃO É CRIME!

11/02/2014
Frente Independente Popular RJ

publicidade
publicidade
Crochelandia

Blogs dos Colunistas

-
Ana
Kaye
Rio de Janeiro
-
Andrei
Bastos
Rio de Janeiro - RJ
-
Carolina
Faria
São Paulo - SP
-
Celso
Lungaretti
São Paulo - SP
-
Cristiane
Visentin

Nova Iorque - USA
-
Daniele
Rodrigues

Macaé - RJ
-
Denise
Dalmacchio
Vila Velha - ES
-
Doroty
Dimolitsas
Sena Madureira - AC
-
Eduardo
Ritter

Porto Alegre - RS
.
Elisio
Peixoto

São Caetano do Sul - SP
.
Francisco
Castro

Barueri - SP
.
Jaqueline
Serávia

Rio das Ostras - RJ
.
Jorge
Hori
São Paulo - SP
.
Jorge
Hessen
Brasília - DF
.
José
Milbs
Macaé - RJ
.
Lourdes
Limeira

João Pessoa - PB
.
Luiz Zatar
Tabajara

Niterói - RJ
.
Marcelo
Sguassabia

Campinas - SP
.
Marta
Peres

Minas Gerais
.
Miriam
Zelikowski

São Paulo - SP
.
Monica
Braga

Macaé - RJ
roney
Roney
Moraes

Cachoeiro - ES
roney
Sandra
Almeida

Cacoal - RO
roney
Soninha
Porto

Cruz Alta - RS