AS CORPORAÇÕES NÃO TÊM CARA – POR QUE O “MENOS RUIM”? – OS CONTRATOS

Qual seria a cara da General Motors? O “corsa”? E da Ford? O “fiesta”? Os executivos do departamento financeiro da AIG, uma das maiores corretoras financeiras dos EUA vão receber algo em torno 160 milhões de dólares a título de bônus como incentivo para a recuperação da empresa. O dinheiro sai do pacote de 180 bilhões de dólares que o governo de Barak Obama liberou para evitar a falência da empresa. Na opinião de analistas os principais responsáveis pelos prejuízos de 99 bilhões, em 2008, foram exatamente os executivos do departamento financeiro da AIG.

A explicação de um dos diretores da empresa é simples – “se não pagarmos perdemos os nossos melhores executivos para as empresas concorrentes”.As concorrentes também estão doidas atrás de “liberações”.

O Ministério da Justiça do Brasil aponta que 57,63% dos carros vendidos no País entre o período de janeiro de 2000 e julho de 2002 foram chamados a fazer “recall”. Simples – entre veículos automotivos “nacionais” e importados mais da metade apresentou defeito de fabricação –. A maior parte desses defeitos aconteceu em itens de segurança como sistema de freios, air bags, mangueiras de combustível, pneus e outros.

Todas as montadoras em operação no Brasil gozam de privilégios fiscais concedidos na ilusão do progresso, da geração de emprego, na pantomima mentirosa com que transformaram o automóvel em objeto de desejo de milhões de pessoas e de destruição ambiental e morte de outro tanto de “contribuintes” dessas empresas geradoras de “progresso” e “empregos”.

Nos Estados Unidos centenas de milhares de norte-americanos perderam suas casas na esteira do crédito fácil e ilusório oferecido por empresas do setor imobiliário, das quais os bancos são os grandes acionistas – donos – e moram hoje em tendas de campanha.

Essas corporações não têm cara. Os milhares de desabrigados com o furacão Katrina que devastou New Orleans, ainda no governo Bush, continuam fora de suas antigas residências. Em barracas, ou em ginásios esportivos e segundo Barbra Bush, mãe de George filho, “vivem até melhor, pois aqui comem três vezes por dia”.

A comentarista Miriam Leitão acha que se o governo brasileiro reduzir as taxas de juros e federalizar os bancos falidos – de mentirinha, o dinheiro está escondido – vai prejudicar o povo brasileiro. D. Miriam, ardorosa defensora do mercado e da livre iniciativa, entende que o governo tem que manter os juros altos e pagar o “prejuízo” dos bancos. Entende que banqueiros são abnegados geradores de progresso.

Setores da esquerda pós marxista, digamos assim, alguns partidos inclusive, colados em cargos públicos no governo federal, entendem que tudo isso é regido por contratos e contratos têm que ser cumpridos. Logo, Ermírio de Moraes pode “gratificar” o superintendente do INCRA – INSTITUTO NACIONAL DE COLONIZAÇÃO E REFORMA AGRÁRIA – no antigo estado do Espírito Santo (propriedade hoje dos grupos ARACRUZ/VALE/SAMARCO e CST) e tomar conta de terras de índios e quilombolas – detêm a posse dessas terras há séculos – em nome do progresso. Plantar eucaliptos e fabricar papel para exportar. O senhor em questão foi execrado pelo parlamento da Suécia que determinou aos reis daquele país que vendessem suas ações da ARACRUZ dado o caráter predador da empresa. Funcionários do INCRA e entidades sindicais, do movimento popular e ambientais estão denunciando em manifesto a mutreta.

O Banco Votorantin de D. Ermírio estava prestes a “quebrar” – ele não – e o governo Lula se apressou em salvá-lo. Comprou 49,9% das ações do dito banco. Tirou Ermírio do sufoco, permitiu novos investimentos, dessa forma, “geração de empregos” e pronto, resolveu com o dinheiro do cidadão comum o problema de um chefe mafioso.

Existe grande corporação que não seja máfia? O que são as corporações? 

Máfias legalizadas. Aqui, em qualquer lugar do mundo globalizado segundo a ótica do capitalismo, do neoliberalismo.

O pré-sal do Brasil, recentes descobertas de campos petrolíferos no fundo do mar está indo para empresas estrangeiras. A PETROBRAS – vale dizer o Brasil – vai receber roialties. A empresa é estatal do ponto de vista oficial e está privatizada desde o governo FHC, com a venda da maioria das ações preferenciais. Que como o próprio nome indica têm preferência nos pagamentos de lucros. O governo Lula não suspendeu um só leilão beneficiando empresas estrangeiras do setor.

Obama percebeu que com vaselina ao invés da areia de Bush consegue enrolar o brasileiro e diminuir a dependência do petróleo em seu país e em relação à Venezuela.

São contratos e contratos têm que ser cumpridos. Obama ferra Lula e Lula desconta em Lugo (Paraguai). O imperialismo e o sub-imperialismo.   

Você pode ignorar as letras miúdas que caracterizam a maior parte dos contratos firmados entre empresas e clientes, mas a lei, em tese, tem um negócio chamado “cláusulas draconianas” que garantem o direito do cidadão de reaver o dinheiro auferido, digamos assim, por esse tipo de expediente, prática corriqueira de qualquer máfia/empresa.

Drácon, ou Draconte, foi um legislador ateniense que elaborou um código para por fim a conflitos sociais no século VII AC. O caráter severo desse código fez surgir o adjetivos francês “draconien”, que chegou aos dias de hoje como sinônimo e princípio jurídico de desumano, excessivamente rígido ou drástico. No século IV AC um político grego afirmou que Drácon não havia elaborado “suas leis com tinta, mas com sangue”.

O cálculo, por alto, da ajuda – doação – dos governos no mundo inteiro a essas corporações padrão GM, FORD, CHRYSLER, AIG, MERCEDES, etc, etc, o banco de D. Ermírio de Moraes, já passa da fantástica cifra de trilhão de dólares.

O BNDES – BANCO NACIONAL DO DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO – vai “emprestar” ao empresário Eike Batista – ex marido de Luma de Oliveira, assim fica mais fácil saber de quem se trata – a soma de 150 milhões de reais para possibilitar um aumento de capital da LLX, empresa de logística do empresário. O aumento total será da ordem 600 milhões de reais e o BNDES fica com 25% do “negócio”. 

As quadrilhas de Eike que operam em quase todos os ramos do crime legalizado já foram expulsas da Bolívia e do Paraguai por crimes os mais variados e principalmente ambientais. 

Carlos Leite, que é do ramo e está nos “negócios”, agente da INTRA CORRETORA, diz que com isso os sócios minoritários ganharão menos dividendos e ninguém vai querer comprar as novas ações. Mas Lula vai. Um quarto do trampo. Para o corretor Carlos Leite, “se o bolo cresce, mas a minha fatia permanece a mesma, na hora de distribuir os ganhos vou ficar menos”. Os sócios de Eike? A CENTENNIAL ASSET MINING FUND e o ONTARIO TEACHERS PENSION PLAN, organização responsável pelo fundo de pensões dos professores das escolas públicas de Ontário – otário é aqui – no Canadá.    

A juíza da 9ª Vara do fórum de Cuiabá, Amini Haddad Campos decidiu que o “vectra” que explodiu em 1999 e matou carbonizadas quatro pessoas tem que ser um fato divulgado pela GENERAL MOTORS como alerta para os riscos que o modelo oferece. E olhe que é uma ação movida pela ACE S/A, uma seguradora. Cansou de pagar seguros por explosões semelhantes geradas por um defeito de fabricação no sistema de bomba de combustível do “vectra”. A GM sabe que pode recorrer e sabe que no STF DANTAS INCORPORATION LTD Gilmar Mendes resolve o problema, ainda mais que é no Mato Grosso, onde o “ministro” tem um monte de “negócios” ilícitos, mas legalizados pelo mundo dito institucional.  

O governador de São Paulo, José Serra, fechou um “contrato” com a EDITORA ABRIL – edita VEJA – em torno de quatro milhões de reais. Assinaturas de revistas com a ideologia tucana, campanha política, para distribuição nas escolas públicas. Não existe tucano decente e nem ingênuo ou bem intencionado. A adesão em si já é opção pelo crime legalizado. E além de revistas livros, onde o Paraguai aparece duas vezes no mapa. Segundo o cara que dizem que é governador e quer ser presidente, os livros serão substituídos. Na pressa de vender o sabão Serra, que lava mais branco, confundiram o trem todo.   

Serra não quer nem ouvir falar de Yeda Crusius. É que a governadora tucana do Rio Grande do Sul está enrolada até a alma em trampos, grampos, trapaças, assaltos a cofres públicos e isso pode prejudicar a eleição do paulista em terras gaúchas. Já está negociando com Germano Righotto, pilantra derrotado na tentativa de reeleger-se exatamente por Yeda.  Righotto é da agência de leilões PMDB. É a lógica mafiosa. Passou a ser incômodo a organização é literalmente executado.

Que Dilma Roussef é inteligente, competente e séria ninguém tem dúvida. Assim, Dilma Roussef é menos ruim que Serra. Na essência não muda nada na estrutura política e econômica do País. Tão somente evita que o pior venha mais depressa e permite um espaço para a luta popular. Esse é o único aspecto que justifica o voto na candidata do PT – outra agência de empregos – caso venha a se confirmar que a ministra é de fato a candidata. E mesmo assim na eventualidade de um segundo turno dependendo de como rolarem as “coisas” no primeiro.

A cultura do menos ruim só tem sentido se for desse jeito. E levando em conta a correlação de forças num país de dimensões continentais como o nosso. Fora isso Lula é uma espécie de barrigada perdida como se diz em Minas. Jogou oito anos fora em políticas assistencialistas sem uma única transformação efetiva ou concreta. O carro de Lula acende as duas setas ao mesmo tempo. Direita e esquerda. E não vira para nenhuma, faz marola mas deixa a direita rolar. 

Imagine esse dinheirão todo dividido entre todos os seis bilhões e setecentos milhões de habitantes da Terra? 

Crise?

Tremenda pilantragem das corporações no mundo dos contratos. Gilmar Mendes elevado a uma potência infinita em matéria de “quero o meu”.  

Em todo o caso são contratos e contratos têm que ser cumpridos do contrário os sábios do pós marxismo se enfurecem e esbravejam no comunismo de brincadeirinha que fingem defender enquanto viram empresa no mundo do crime legalizado.
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