UCRÂNIA, O PULO MAL CALCULADO DOS EUA

Obama não enviou o secretário de Estado John Kerry a Kiev para dar um ultimato aos russos, ou para assegurar ajuda. Kerry, que foi candidato a presidente em 2004 e perdeu para George Bush, foi dizer ao novo governo que as coisas não saíram como esperadas e a Criméia, por exemplo, já voltou a ser parte da Federação Russa.
Tudo o mais, sanções políticas, econômicas e militares contra a Rússia, será apenas o jogo de cena da diplomacia dos EUA diante de lambança sem tamanho e de um erro de cálculo impensável para que os que se imaginam (ao lado dos sionistas) donos do mundo.
Se para fora se anuncia toda a ajuda possível ao governo nazista que se instalou no país, para dentro o presidente dos EUA tem dificuldades para espetar a conta, prática que vem desde as guerras insanas de George Bush e que continuam com Obama, em países da União Européia. A Ucrânia precisa de 35 bilhões de dólares e ainda fica pendente o custo do terrorismo que derrubou um presidente legítimo, 18 bilhões de dólares que a chanceler alemã, Angela Merkel, não quer pagar de forma alguma.
Seja pela crise que afeta todos os países da Comunidade, seja porque alemães podem ter que pagar mais pelo gás russo, como já acontece com a Ucrânia que perdeu um desconto de 33% no fornecimento desse gás e acordou com o oficial de justiça de Moscou executando uma dívida de 1,5 bilhão e dólares desse mesmo gás.
A Criméia, onde os russos têm uma importante base militar, era parte da Federação Russa até 1954, quando o então secretário geral do Partido Comunista da União Soviética, Nikita Kruschov, ucraniano, a transferiu, por decreto, para a Ucrânia, uma das repúblicas soviéticas.
Foi ocupada, agora, pelos russos sem um tiro, sem resistência e com apoio da imensa maioria da população. A língua da chamada República Independente da Criméia é o russo.
Noutras partes do país começam a surgir manifestações pró Rússia, inclusive Kiev, a capital onde os líderes golpistas ao chegarem ao palácio de governo fizeram a saudação nazista.
Putin sabe que uma guerra contra a Ucrânia, está decretada, terá um custo alto. Mas sabe também que mingau se pode ser comido pela beirada se muito quente. Tem o apoio da China, maior credor dos EUA e que já ameaçou cobrar as contas atrasadas, mesmo sabendo que Obama e os terroristas de Washington têm apenas armas e estão vivendo o período pré-falimentar em termos de economia.
Os ucranianos, por sua vez, começam a entender que nem todo mundo vai usar tênis da adidas, ou diadora, ou nike, pois a União Européia além de mal das pernas, pode reagir em grandes manifestações públicas contra essa aventura que termina num abismo, onde podem estar seguros apenas por um galho frágil de uma árvore crescida entre as pedras da loucura da organização terrorista EUA/ISRAEL TERRORISO S/A.
Basta que Putin feche a torneira do gás e toda a Comunidade vai estar congelada, além dos reflexos desastrosos na indústria. Pior, sabe que Putin não vacila nessas questões, tem o mesmo perfil de Stalin e dos governantes russos historicamente solenes em sua ignorância da importância da coroa inglesa, por exemplo.
As deserções entre ucranianos são muitas. Dos reservistas convocados apenas 1,5% se apresentou para uma eventual guerra. O comandante da Marinha designado pelo novo governo desertou e anunciou seu apoio aos russos. Duas unidades da força aérea fizeram o mesmo e soldados do exército começam a fazer.
Peitar Putin, dar-lhe um ultimato, isso é impensável. O risco de um guerra total existe, nesse caso e norte-americanos e sionistas não têm, ao que se saiba, vocação suicida.
Já o contrário, Putin dar um ultimato à Ucrânia, não só é possível, como já aconteceu. John Kerry vai tentar transformar a rendição incondicional ou a loucura do Hitler ucraniano em uma espécie de rendição condicional, salvar alguns dedos, pois os anéis e parte de dedos já se foram.
O resto é retórica.
O que acontece na Ucrânia vale uma reflexão sobre o comportamento da mídia brasileira, sempre vale, em qualquer fato dessa dimensão. É de total e absoluta submissão à mentira norte-americana, distorção dos fatos reais, algo que deprime tamanha a desfaçatez das grandes redes de tevê e seus telejornais, ou dos chamados grandes jornais e revistas.
Cada noticiário de tevê, por exemplo, é um exercício exaustivo de mentir, desinformar e encontrar brechas para tentar passar o que não existe. Mostrar o “gigante” norte-americano e seu mandato e mandado “divinos” para “salvar” o mundo, escravizando países e povos em função de seus interesses.
Em momento algum a alusão ao gesto nazista dos novos governantes da Ucrânia, ou ao golpe de estado (há uma foto de deputados votando várias vezes no impedimento farsesco do presidente), ou uma análise isenta e séria da crise.
Ao pulo mal calculado dos norte-americanos.
Ou ao urso russo desperto. Como disse Putin a jornalistas e traduziram de maneira diversa, em função do que querem seja a “verdade”. “Napoleão e Hitler perderam aqui, eles também perderão”.
De repente os EUA se percebem prisioneiros de sua própria insânia. Obama olha no espelho e enxerga um anão político, mas a mídia teima em mostrar um gigante que não existe, é pura ficção.
Vale a frase de um carnavalesco no último dia do desfile de escolas de samba do Rio, diante de uma repórter atônita, quando essa entrevistava o diretor de uma das escolas participantes. Surgiu do nada e proclamou – “EI REDE GLOBO VÁ TOMAR NO C... O POVO NÃO É BOBO”. Não teve como não ir ao ar, a transmissão era ao vivo.
Corre mundo no milagre da internet.
Já a Ucrânia e os EUA, de quebra a Comunidade Européia, isso é peso demais para um galho de árvore frágil e prestes a se quebrar. A profundidade do abismo só conheceremos com o tempo, quando ouvirmos tchibum! Ou splaft!

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