O ASSASSINATO DE JOÃO GOULART

A ministra Maria do Rosário deixou claro que não tem dúvidas que o ex-presidente João Goulart foi assassinado. A versão oficial fala em infarto, mas o histórico da Operação Condor suplanta e de longe essa versão.

O temor que a chamada redemocratização trouxesse de volta líderes como JK e Jango levou os militares brasileiros a assassinar tanto Goulart, como JK. Não é improvável, pelo contrário, é o raciocínio e a conclusão lógica levando em conta a barbárie e a estupidez do golpe de estado brasileiro, associado ao argentino, uruguaio e ao chileno.

Sustentou-se na tortura, nas prisões indiscriminadas, na violência, na censura (com a conivência da mídia de mercado), enquanto atrelava o Brasil a interesses políticos e econômicos lesivos à Nação.

As dificuldades encontradas pela Comissão da Verdade servem para mostrar que o gene golpista permanece entre os militares. O Primeiro de abril é comemorado nos quartéis com uma ordem dia ressaltando o golpe.

São recentes as declarações do general argentino Jorge Videla, cumprindo pena de prisão perpétua, conclamando seus companheiros de armas a um golpe contra o governo Cristina Kirschner.

São mais comedidos no Brasil, nem por isso menos perigosos.

Jango e JK são dois dos mais importantes, ou conhecidos, dentre os assassinados pela ditadura.

Fala-se em exumação do corpo do ex-presidente para exames adicionais, impossíveis àquela época, para detectar a presença de substâncias venenosas.

Foi uma longa noite de sombras e pavor que a América do Sul viveu. Desde Medice, Pinochet, Videla, outros tantos que se sucediam na boçalidade das ditaduras.

Se a ministra Maria do Rosário levanta essa hipótese e fala em exumação, é necessário que na busca da verdade, por mais dolorosa que seja, que o fato se materialize para de vez por termo a uma suspeita com todos os ares de verdade.

Aproxima-se a “comemoração” do golpe contra as instituições democráticas. Comandados por um general norte-americano, Vernon Walthers e um embaixador Lincoln Gordon, com ampla participação do empresariado brasileiro, inclusive no financiamento à tortura, os militares depuseram um presidente legítimo, constitucional e cujo único crime foi o de tentar dar ao Brasil a sua real independência, abrindo perspectivas para que pudéssemos ter justiça social e um modelo político de fato democrático.

As forças armadas brasileiras, mais que dever a verdade ao País, devem lealdade e isso não tem existido, pois se mantêm fiéis ao golpe na histeria dos quartéis nos festejos da estupidez que foi 1964.

É preciso trazer a tona o assassinato de Jango, de JK, de Rubens Paiva e tantos outros heróis que tombaram na luta pela liberdade, que não se importaram de buscar caminhos de democracia efetiva para o Brasil.

Que seja exumado o corpo de João Goulart e se façam os exames necessários, para provar a carnificina que foi 1964.

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