BRIGA DE FOICE NO ESCURO

A matéria da revista ÉPOCA - grupo GLOBO - sobre o estado de saúde da presidente Dilma Roussef, sinalizando nas entrelinhas que a chefe de governo estaria novamente sofrendo de doença grave e a capa sugerindo Dilma morta, é um exemplo claro do jornalismo bandido e marrom da família Marinho e de alguns tantos capachos.

Não existe argumento, por exemplo, de qualquer jornalista que tenha assinado a matéria, que se limitou a cumprir ordens para evitar problemas no emprego. Existe mau caratismo puro e absoluto.

O grupo GLOBO está longe de ser uma empresa, é um antro de marginais do jornalismo.

Dilma Roussef foi um equívoco de Lula e da cúpula do PT. Não por estar doente ou deixar de estar. Mas por ser menor que o cargo que ocupa.

Seu início de governo é um amontoado de idas e vindas, sobretudo recuos em aspectos positivos do governo Lula - a política externa por exemplo -, como tem a marca de outro erro do ex-presidente. A aliança com o PMDB da quadrilha de Michel Temer.

O partido do vice-presidente é uma frente que tem a formá-la desde remanescentes sérios do MDB (partido de oposição durante o período da ditadura militar) a políticos sem o menor escrúpulo, dentre eles o vice, o presidente do Senado José Sarney e agora, ressurreto, a repugnante figura do ex-governador Moreira Franco ocupando um Ministério de importância para as políticas gerais do governo.

Mas nada disso justifica a matéria e nem a matéria é um fato isolado.

É parte do esquema tucano/DEM para torpedear o governo e não é por outro motivo que José Serra reapareceu em grande estilo vampiro/urubu, apostando na gravidade da doença da presidente e na eventual realização de novas eleições em dois anos, como prevê a Constituição no caso de afastamento por qualquer motivo da ou do presidente.

São abutres.

Querem trocar as consultorias do ministro Antônio Palocci, ou o poder invisível do ex-deputado José Dirceu, pelas consultorias de Serra e seus familiares, de FHC e sua vaidade, consumar o processo de transformação definitiva do Brasil em entreposto do neoliberalismo.

Num só tempo, com a cumplicidade de um deputado do PC do B - Aldo Rebelo - aprovaram um código florestal ao sabor de latifundiários, denunciaram um ministro chave do governo (Palocci) e contam agora com o jornalismo de fundo quintal a despeito de toda a tecnologia, de quadrilhas como o grupo Marinho, todo o complexo GLOBO (jornal, revista, tevê e rádio, tudo em cadeia nacional).

Tudo bem, mas é preciso deixar claro que boa parte desses fatos pode ser atribuída ao PT e seu comando. Cada vez mais o partido tem cara de PMDB do Temer. Os pretextos foram dados. A favor da cúpula petista o fato que os pretextos seriam criados se não existissem.

Todos esses fatos nos remetem a uma conclusão simples. O mundo institucional no Brasil está falido e cedo ou tarde o povo perceberá que nem PT e nem PSDB e seus adereços têm respostas para os anseios e aspirações dos brasileiros, muito menos, perspectivas reais e concretas para que sejamos a nação que sonhamos.

Temos uma presidente menor que o cargo, um Legislativo onde se salvam pouco mais de dez por cento dos parlamentares, um Judiciário em que pontifica figura execrável como Gilmar Mendes, ou amorfa, mas nociva, como César Peluzo. Não somos uma Federação. Governadores em sua maioria são corruptos, assembléias legislativas funcionam como clubes de recreação e câmaras de vereadores não passam de objetos, isso mesmo objetos, desnecessários.

O Brasil que parecia ter renascido após a ditadura militar se vê prisioneiro de uma ditadura aparentemente invisível, um clube que reúne elites políticas e econômicas e nem os oito anos de Lula, onde políticas sociais de fato mudaram algumas realidades, significaram - exceto pela política externa - mudanças estruturais decisivas para a verdadeira arrancada que tanto falam e citam os políticos em seus discursos.

Há todo um complexo criminoso a impedir que isso aconteça. Grandes empresas, bancos, latifundiários, respaldados por uma mídia criminosa, venal, legislativo e judiciário dóceis a esses interesses e algo como "isso não é problema meu", até que bronquite bata à sua porta e se perceba que não existe mais o tal de rum creosotado.

Pois é ilustre passageiro acredite, mas essa é a realidade.

Um governo sem rumo, abutres à espera do pior, negócios correndo por baixo dos panos em consultorias milagrosas e perspectivas negativas começando a aparecer no horizonte.

Com certeza além de Aécio Neves nenhum desses políticos aceitarão passar num bafômetro que possa medir caráter. O deputado estadual do PT do Espírito Santo Cláudio Vereza, certamente não aceita. Vai invocar imunidade parlamentar.

E Verezas existem aos montes.

A luta popular não passa pelo institucional. Cedo ou tarde virá às ruas como acontece em países árabes, como começa a acontecer em países europeus e como certamente vai acontecer em países latino-americanos.

E, como ocorre na matriz, os Estados Unidos.

Na geografia política da chamada nova ordem econômica, o neoliberalismo somos apenas o entorno do conglomerado terrorista EUA/ISRAEL TERRORISMO S/A.

ÉPOCA, REDE GLOBO, FOLHA DE SÃO PAULO, VEJA, ESTADO DE MINAS, RBS, toda essa junção de quadrilhas midiáticas cumprem o papel de mentir, distorcer, inventar e criar realidades que o povo possa aceitar como únicas, para facilitar o saque, a venda e a entrega do País.

E o PT é cúmplice no abandonar seus ideais históricos e aceitar esse jogo sórdido do clube.

Ou desembocamos numa Assembléia Nacional Constituinte e mudamos as estruturas políticas e econômicas do Brasil, ou brevemente nas telas multidões nas ruas, tontas e sem entender direito o porque, exigindo algo simples como o fazem na Espanha. Democracia real.

A tarefa de viabilizar esse desejo que não foi cumprida pelo PT e nem vai ser (a cúpula do partido tem desde consultor ministro a morto/vivo comandando, está no esquema) terá que ser cumprida pelo povo. Para que isso ocorra é preciso que o movimento popular se reorganize. Os partidos tradicionais falharam.

Brigam com foi no escuro por consultorias e honorários e é uma guerra onde vale tudo, até a capa amoral da revista ÉPOCA.

Dilma achou que bastava uma receita de omelete no programa Ana Maria Braga, o resultado está aí.

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