"POLÍTICA DE RESULTADOS"

A presidente Dilma Roussef fez chegar a seus ministros que seu governo exige "políticas de resultados". Nem mais e nem menos. "Políticas de resultados". Nenhum conceito ou explicação sobre o que seja esse tipo de política, que limites tem, se tem limites, enfim, o que isso significa.

Pergunto - para ouvir o presidente Barack Obama falar no Teatro Municipal do Rio de Janeiro ministros de Estado devem aceitar passivamente a revista feita por militares e seguranças norte-americanos em território e próprio brasileiros? É política de resultados?

O ex-chanceler do governo Lula fez criticas ao voto do Brasil no Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas, em Genebra em dias da semana passada, falando de conseqüências negativas para o País com a nova postura do novo governo. Contra o Irã.

O Brasil foi o principal negociador no momento crucial da crise entre o Irã e os EUA e seus adereços (Europa Ocidental, Israel, etc), alcançando resultados que neutralizaram ações boçais e totalitárias dos norte-americanos.

Impuseram duas condições para o acordo, as duas condições foram aceitas pelos iranianos no trabalho paciente e competente de Celso Amorim. A terrorista Hilary Clinton, ao tomar conhecimento do fato disse que "não acredito que o Irã vá cumprir o que está assinando com o Brasil e o governo turco".

Ou seja, a proposta com dois itens para um acordo era mentirosa.

Amorim transformou um fracasso apostado numa vitória diplomática extraordinária.

Como política de resultados isso implica em resultados com princípios, limites, ética de decência e responsabilidade.

Qual o conceito de Dilma sobre o assunto? Uma omelete no programa Ana Maria Braga?

A privatização da CIA VALE DO RIO DOCE foi um dos maiores crimes já perpetrados contra o Brasil e os brasileiros. Foi feita no governo FHC. A luta travada pelo ex-presidente Lula para recuperar pelos entornos, comer o mingau pelas beiradas trouxe como conseqüência já no governo Dilma, o afastamento do presidente da VALE.

Executivo ligado ao BRADESCO - um dos acionistas - o presidente da VALE preferia fazer compras da empresa em companhias estrangeiras em detrimento das nacionais, isso é um exemplo do Estado paralelo que se transformou a companhia.

E mais uma prova do que foi o governo de FHC. Um ato de entrega, uma política de resultados em que ficar de quatro era uma atitude permanente.

Somos bípedes, ou quadrúpedes? Do ponto de vista dos colonizadores somos quadrúpedes que nos refestelamos na elegância de Michele Obama.

A VALE está anunciando investimentos fantásticos no distrito de Ubu, cidade de Anchieta, no extinto estado do Espírito Santo (hoje é latifúndio de empresas como a própria VALE). Tem contra si, por incrível que pareça, as grandes imobiliárias da região.

Os tais investimentos que vão gerar políticas de resultados (o progresso e o privilégio de poucos em detrimento de muitos) vão destruir Ubu.

O município de Anchieta é histórico para o País. Foi ali que o padre José Anchieta escreveu nas areias da praia o célebre poema dedicado a Maria.

Em breve, tanto em Ubu, como em Anchieta máquinas, torres, guindastes, complexos poderosos de políticas de resultados e miséria, fome, desemprego, destruição, predação ecológica e estatísticas fabulosas de crescimento econômico.

O povo, a história?

Bem, isso não traz resultado algum na concepção da presidente Dilma Rossef. Já jogou sua história no lixo, por que iria hesitar em jogar as de Ubu e Anchieta?

Só é progresso aquilo que é comum a todos, do contrário é privilégio.

O Japão hoje, a despeito de ser formado por milhares de ilhas vulcânicas, é um país destruído pela natureza em sua reação ao comportamento animalesco do homem.

Milhares de vidas perdidas, de dor, de sofrimento, o mundo debaixo da ameaça de vazamento nuclear de uma de suas usinas (já há registros de contaminação em New York) e na irresponsabilidade do capitalismo já jogaram no mar onze mil e quinhentas toneladas de água contaminada da usina.

Assim como caçam baleias sem qualquer escrúpulo em todas as partes do mundo para sustentar o tal progresso.

São políticas de resultados que substituem o ser humano em seu sentido e sua essência, pelo conceito de objeto.

Você vale que você produz e enquanto é capaz de produzir. Ou sua realidade - a cidade, o bairro - é seu, até a chegada de investimentos fantásticos prontos a mudar a realidade de séculos, em nome do lucro.

As praias de Ubu vão sumir.

A VALE vai aumentar seu conceito entre as empresas do mundo capitalista.

E Dilma Roussef com um novo presidente na companhia vai poder exibir resultados satisfatórios que o JORNAL NACIONAL vai mostrar como exemplo de que o Brasil pode.

Breve, um novo Japão, só que com dimensões continentais.

O poema de Anchieta as águas levaram, talvez até Maria entregando-lhe os versos do padre.

As praias de Ubu e a história de Ubu e Anchieta vão virar cenas de filmes de destruição, como Mad Max.

O governo do Espírito Santo?

"Caixinha? Obrigado." É capataz.

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