O MINISTRO HERMAFRODITA

Mangabeira Unger foi parar no governo Lula por conta dos acertos de empresas norte-americanas envolvidas no agronegócio. Dentre elas a MONSANTO. A chegada de Mangabeira às pastagens de Lula se deu pelas mãos de Blairo Maggi, governador do Mato Grosso e um dos maiores predadores de seu próprio estado. 

O ministro que pediu a renúncia de Lula chamando-o de "o presidente mais corrupto da história" prestou serviços a Daniel Dantas, do grupo Oportunitty e recebeu perto de dois milhões de dólares para defender os interesses da Brasil Telecom. O banco de Dantas gerenciava as ações judiciais da Brasil Telecom.
Há uma representação da BrT (Brasil Telecom) contra o Oportunitty e contra o próprio Mangabeira junto à Comissão de Valores Mobiliários no Brasil. A BrT acusa o Oportunitty de ter contratado Mangabeira para um fim determinado e o próprio Mangabeira de ter trabalhado e recebido nas duas pontas. O Oportunitty, num dado momento, gerenciava as contas de ações judiciais da BrT contra a Telecom Itália, no célebre escândalo de espionagem da agência Kroll. 

Mangabeira foi contratado, nos Estados Unidos. O próprio Mangabeira admitiu que participou de várias reuniões com a Kroll representando interesses da BrT. Esse gerenciamento se estendia a ações judiciais da empresa contra também os fundos de pensão Previ, Petros e Telos. 

A resistência da ex-ministra Marina Silva a ação predatória de grandes grupos do agronegócio, empreiteiras interessadas em hidrelétricas na Região Amazônica, provocou, desde o primeiro momento do governo Lula (o equilibrista), setores ligados a esses empresários, outro tipo de ações, as que servissem para remover o obstáculo aos grandes "negócios". 

O ministro Mangabeira Unger atuou como consultor da Brasil Telecom entre 2002 e 2005 e por essa função recebeu um milhão cento e setenta e seis mil dólares, sem contar as despesas de passagens, hospedagem e refeições, além do aluguel de um apartamento no Rio. O lobista Mangabeira Unger morava nos EUA à época.  A empresa "trust" de Mangabeira recebeu seiscentos e setenta e cinco mil dólares no mesmo período. 

A queixa da BrT é que nenhum trabalho de Mangabeira foi feita ou encontrado e há suspeitas, denunciadas a CVM (Comissão de Valores Mobiliários) que o atual ministro atuou dos dois lados.  

O Departamento Jurídico da Brasil Telecom considerou à época que Mangabeira atuou a favor do banco Oportunitty, apesar de contratado pela empresa de telefonia e em detrimento dessa. O que a Brasil Telecom pediu ao CVM foi o ressarcimento dos valores pagos a Mangabeira Unger. 

Considerou que Mangabeira ao não se pronunciar sobre a extinção de ações judiciais configurou "conflito de interesses", ou seja, recebia dos dois lados. A extinção das ações que Mangabeira "gerenciava" aconteceu em abril de 2005, logo após o Oportunitty fechar acordo para tentar transferir a BrT aos italianos. 

Quando dos fatos Mangabeira não negou que era amigo do banqueiro Daniel Dantas e esquivou-se de comentar a suspeita de favorecimento ao amigo dizendo que "não tenho problemas em dizer não".  Igualzinho Maluf naquela história de "homônimo". 

A figura do "trustee" é considerada legal nos EUA, mas desde que cumprida em favor de quem paga. Receber dos dois lados em qualquer lugar do mundo é crime. 

Marina da Silva era a pedra a ser removida no caminho dos latifundiários do agronegócio, das empreiteiras e dos interesses das grandes empresas norte-americanas na Amazônia.  

Mangabeira Unger foi levado a Blairo Maggi e Blairo Maggi, devastador do ambiente, governador do Mato Grosso, amigo de Lula (amigo da onça, mas Lula gosta), se encarregou de abrir as portas do governo àquele que chamara o presidente de "o mais corrupto da história". 

A nomeação de Mangabeira foi de fato macarrônica. Lula não conseguiu aprovar a MP (Medida Provisória) que criava o Ministério no Congresso, criou por decreto e engoliu o sapo plantado por seus estranhos aliados nessa história de plano para a Amazônia. 

Maggi acha por exemplo que desmatar e acabar com o Pantanal no seu estado não tem o menor problema, pois isso ele chama de "progresso". 

Mangabeira quer estender o conceito a toda a Amazônia. 

O ministro está licenciado das funções de professor da Universidade de Harvard nos Estados Unidos (Massachussetts). Em 2007 a dotação financeira da universidade foi de trinta e quatro bilhões e novecentos milhões de dólares, a maior parte provinda de fundações como a Ford, a Rockfeller, notórios braços das grandes empresas e do governo dos EUA em ações que vão desde a projetos econômicos, a golpes de estado. 

Harvard é uma instituição universitária privada.  Ali estudaram ex-presidentes como Franklin Delano Roosewelt e John Kennedy.  

Na "dialética" norte-americana, Harvard é o contraponto à borduna republicana, embora por lá tenha passado Theodore Sorensen Roosewelt, também presidente dos EUA e defensor do "big stick". A política do grande porrete em relação aos adversários de interesses da matriz. 

Se os republicanos são areia, os democratas são vaselina. 

Mangabeira Unger é um dos diletos da turma de Harvard. 

Cuida agora da "Amazônia brasileira". Foi o instrumento para derrubar Marina da Silva, servir ao capital internacional, mas o discurso é o do progresso e do desenvolvimento sustentável.  

Hermafrodita, recebe dos dois lados. O salário de ministro e pelos serviços prestados a esse capital que "ajuda". 

Mangabeira que já foi maldito para GLOBO, hoje é o grande aliado do "nacionalista" Heleno e da aliança latifúndio e grandes empresas, a república VALE/ARACRUZ. 

A propósito dessa história amazônica, a Polícia Federal descobriu que um coronel da reserva do Exército "brasileiro" ajudou os fazendeiros de Reserva Raposa do Sol com ensinamentos de combate, fabricação de bombas caseiras, treinamento de pistoleiros, etc, tudo para enfrentar os índios. 

É nesse cipoal "nacionalista", "democrático" e do "Brasil do futuro" que o ministro pula de galho em galho a moda de Tarzã.   

Blairo Maggi governador do Mato Grosso ao portal GLOBO: 

"Maggi - O estado de Mato Grosso, diferente dos outros estados, você tem que ter uma compreensão... Primeiro, é um estado agrícola, e as pessoas que
vivem no estado ou vieram para o estado de Mato Grosso não vieram para...
Como falam o italiano e o alemão, vieram para fazer a vida. Vieram aqui
plantar e esperar 20 ou 30 anos para poder ter uma estabilidade financeira.
O povo aqui do estado não tem a cultura extrativista que tem nos outros
estados da região amazônica. Isso, inclusive, é uma reivindicação, dentro do
PAS (Plano Amazônia Sustentável), que eu fiz ontem [terça, 20] ao ministro
Mangabeira [Roberto Mangabeira Unger, ministro de Assuntos Estratégicos,
coordenador do plano] e que nós vamos discutir. Para Mato Grosso, nós
precisamos ter uma política diferenciada, porque a população aqui é de uma
outra origem e que tem outros anseios e outros desejos". 


Na cabeça dessa gente padrão Augusto Heleno, o general, ameaça a soberania nacional e a integridade do território brasileiro vem dos índios. Mangabeira concorda.
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