Cientistas alertam que metas climáticas são fracas

As propostas de redução de emissões dos países envolvidos nas negociações das Nações Unidas, incluindo aquelas do Acordo de Copenhague, não são ambiciosas o suficiente para manter o aquecimento global em menos de 2°C.
Nesta segunda-feira (2) teve início mais uma rodada de negociações da ONU em Bonn, na Alemanha, e os delegados já receberam um aviso: as metas propostas não são suficientes para evitar os piores efeitos do aquecimento global.
Quem fez o alerta foi a Climate Strategies, uma rede independente de pesquisadores do clima sediada na Universidade de Cambridge. Segundo um estudo da entidade, que analisou os cenários futuros de acordo com as metas sugeridas pelos países para 2020, a redução das emissões não será rápida ou ambiciosas o bastante para evitar um aquecimento de mais de 2°C até o fim do século.
O relatório Analytic support to target-based negotiations alerta que a menos que medidas sejam adotadas imediatamente para alcançar cortes mais profundos nas emissões de gases do efeito estufa, as gerações futuras terão que estabelecer ações drásticas para evitar os fenômenos climáticos extremos, que ficarão mais freqüentes.
“Existe claramente uma discrepância entre os acordos feitos pelos líderes mundiais para a redução das emissões até 2050 com o que seria necessário para ficarmos no caminho de 2°C. Se nada for feito agora, as próximas gerações terão que se sacrificar através de medidas severas para compensar onde falhamos hoje”, afirmou Murray Ward, um dos autores do relatório.
O cientista acusa os países de serem culpados ao ignorar o impacto da recessão financeira global nas emissões nos últimos anos, por isso fizeram projeções equivocadas e adotaram medidas fracas.
“A maioria das propostas foram postas na mesa sem o devido estudo da crise financeira na produção das indústrias. Agora vemos claramente que são fracas demais. É importantíssimo que os países refaçam seus cálculos e tornem suas metas mais rigorosas”, explicou Ward.
Bonn
A rodada de negociações começou em clima de urgência, já que faltam apenas 11 dias de trabalho até a grande Conferência do Clima (COP 16) agendada para o fim do ano em Cancún, no México.
“Simples debate não é mais o bastante. Estamos ficando sem tempo. Precisamos entrar o mais rápido possível nas negociações de ações reais”, afirmou Huikang Huang, delegado chinês em Bonn.
Até agora um acordo esteve fora de alcance por causa da falta de objetividade sobre questões chave como as metas de redução, financiamento e monitoramento de cortes de emissões.
O rascunho de um tratado global divulgado em julho pela ONU, baseado no Acordo de Copenhague, pouco trouxe de avanços e reforçou a noção de que o consenso ainda está distante de ser alcançado.
Em uma tentativa de romper esse impasse, um grupo de trabalho das Nações Unidas irá consultar governos nesta semana para saber se aceitam usar o rascunho como o texto base para as negociações.
“As delegações terão que decidir agora. Estamos correndo contra o tempo e decisões devem ser tomadas em um ritmo cada vez mais veloz”, concluiu Christiana Figueres, a nova presidente do braço climático da ONU (UNFCCC).
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