O ASSASSINATO DA JUÍZA, UPPs E SÉRGIO CABRAL

Três policiais militares foram presos como suspeitos da morte da juíza Patrícia Lourival Acioli. O Ministério Público entende que os três usaram expedientes para dificultar a identificação no planejamento e execução do crime. Esses “expedientes”, por si só, demonstram premeditação no caso.

A juíza foi assassinada após uma informação da advogada dos PMs que eles seriam presos por práticas de outros crimes. Mais de setenta policiais militares já haviam sido condenados pela vítima em processos que tramitaram em sua vara no Fórum de São Gonçalo, Rio de Janeiro.

Os três estavam sendo investigados em um caso de auto de resistência. São o tenente Daniel dos Santos Benitez e os cabos Sérgio Costa Júnior e Jeferson de Araújo que, um mês antes do assassinato, passaram várias vezes diante da casa da juíza para fazer o levantamento do local. Usaram um carro da própria PM e de um batalhão diferente do deles. Um dos poucos veículos da PM sem GPS, o que permitira a localização e os percursos feitos pelo mesmo.

Ao tomar conhecimento que seriam presos os três foram ao Fórum à noite, a prova foi o rastreamento das antenas de seus celulares. Momentos antes do crime desligaram seus aparelhos, num procedimento diverso do padrão dos PMs.

Segundo o Ministério Público eles estavam esperando a juíza sair do Fórum. A afirmação do MP foi corroborada pelo desembargador Antônio Siqueira, presidente da Associação dos Magistrados do Estado do Rio de Janeiro e que acompanhou todas as investigações.

O crime foi planejado com um mês de antecedência e uma câmera de vigilância de um condomínio nas imediações flagrou o carro que utilizaram no reconhecimento do local, a residência da juíza.

Outra declaração do desembargador Antônio Siqueira, afirmando que uma eventual escolta para a juíza não impediria o crime – “escolta previne não impede” – é no mínimo discutível. Para ele o crime poderia ter sido cometido contra qualquer juiz que decretasse a prisão de qualquer acusado. que, por sua vez, se recusasse a aceitar a medida. Soa um tanto ridículo vinda de um desembargador, um tanto pueril.

O governo Sérgio Cabral começa a ruir, mostrar sua face “Garotinho”, numa série de irregularidades que começam a vir a público. Não se pode culpar o governador pela morte da juíza, mas é óbvio que no caso do acidente com o bonde de Santa Tereza a questão da manutenção precária foi decisiva para o fato, tanto quanto, criminosas as declarações do secretário Júlio Lopes, tentando colocar a culpa no motorneiro.

Cabral, desde que denunciada a legalização da casa ilegal do apresentador de tevê Luciano Huck através do escritório de sua mulher, não disse uma única palavra sobre o assunto. Brigou de público com a mulher por outros motivos, reconciliou-se com a mulher e a casa continua lá. Intocada. O apresentador, aos sábados, faz caridade pela tevê e ilude/aliena milhares de telespectadores.

Outro carro chefe do governo Sérgio Cabral começa a ruir. As UNIDADES DE POLÍCIA PACIFICADORA. O comando da Polícia Militar informou que foram afastados de seus postos o comandante e subcomandante da UPP dos morros da Coroa e Fallet/Fogueteiro. No caso, respectivamente, o capitão Elton Costa e o tenente Rafael Medeiros. Um inquérito interno mostra que os dois resolveram “pacificar” as contas bancárias num esquema com os traficantes da área. A denúncia foi feita pelo jornal O DIA. As “contribuições” dos traficantes eram enviadas em envelopes aos PMs e variavam de acordo com as patentes e a importância do soldado no policiamento.

Foram “pacificados” os trabalhadores das áreas, os traficantes ganharam passe livre para operar sem problemas.

Registre-se que UPPs foram criadas a partir de experiências desenvolvidas nos EUA e sob orientação do governo e agentes de Israel que atuam ainda com “conselheiros na matéria” em todo o País.

O governo Sérgio Cabral desmorona nas pequenas coisas e nos grandes acontecimentos.

Em Vitória, no Espírito Santo, no covil que chamam Palácio do Governo, diante do governador nominal daquele estado, Renato Casagrande (o de fato é Paulo Hartung), o governador do Rio defendeu mudanças na distribuição de royalties definida em lei votada pelo Congresso e com um veto do ex-presidente Lula, além da entrega do pré-sal a grupos estrangeiros.

Aí, as ligações de Cabral transcendem ao show barato e ridículo de Luciano Huck aos sábados, para juntar-se a Eike Batista, um dos grandes beneficiários do pré-sal, principalmente se entregue a grupos estrangeiros.

Cabral, o casal Casagrande/Hartung, Antônio Anastasia (ornitorrinco inventado pelo tresloucado Aécio Neves para governar Minas) e Geraldo Alckimin somam forças para que os leilões de campos petrolíferas sejam entregues a grupos internacionais.

Encontram respaldo em boa parte dos partidos que formam a aliança que “sustenta” o governo Dilma Roussef e uma presidente que não sabe se pode abrir ou não determinada porta, pois não tem certeza se se trata de uma armadilha ou de um cômodo do palácio.

O segundo mandato de Sérgio Cabral mostra a verdadeira face de um governador atolado em irregularidades as mais diversas, de pequena e grande monta. De quem passou quatro anos montando um esquema poderoso de marketing para ser reeleito e agora, com as mangas de fora, mostra seu verdadeiro caráter.

O Rio de Janeiro continua a ser infelicitado por quadrilhas que ocupam o governo – tanto do estado, como o da capital – desde que Leonel Brizola e seu vice Nilo Batista deixaram o Palácio Guanabara.

Foi o último governo comprometido com o povo fluminense. De lá para cá, desastres absolutos.

Neste momento Sérgio Cabral exercita-se num apoio fingido e traiçoeiro ao governo da presidente Dilma Roussef, enquanto, nos cantos, faz juras de amor à candidatura de Aécio Neves em 2014.

O negócio vai ficar pior se Eduardo Paes for reeleito prefeito em 2012. Completa-se a dupla, pois vem aí a face tucana do atual prefeito da cidade do Rio de Janeiro.

Já professores, continuam tomando bordoadas de PMs e que tais por todos os quadrantes do País.


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