HÁ 70 ANOS TROTSKY ERA ASSASSINADO NO MÉXICO

Este sábado (21) marca o transcurso do 70º aniversário da morte de Leon Trotsky.

Foi um dos maiores revolucionários do século passado, tendo comandado a tomada de poder em outubro/1917, pois Lênin, a principal liderança do Partido Bolchevique, estava distante do palco dos acontecimentos.

Depois, para salvar a nascente república soviética, realizou um dos maiores prodígios militares da História, ao conseguir levantar praticamente do nada um exército capaz de vencer as forças reacionárias internas e as tropas intervencionistas estrangeiras.

Tirou proveito estratégico do fato de que os inimigos, embora tivessem enorme superioridade numérica e logística, atuavam praticamente cada qual por si, sem concertarem sua ação.

Quando esteve no poder, incorreu em excessos como a repressão aos marinheiros do Kronstadt. Mas, depois de perder a luta interna para Stalin, voltou ao papel de crítico maior do autoritarismo.

Já o havia sido na sua fase menchevique, quando denunciava a concentração de poder para a qual convergiriam as teorizações leninistas:

  • de início, o partido substitui a classe trabalhadora;
  • depois, o comitê central substitui o partido;
  • finalmente, um tirano substitui o comitê central.

Foi exatamente o roteiro que o mundo testemunhou, só que com Stalin no papel de tirano.

Analisando corretamente que uma  nomenklatura estava se apossando tanto da revolução soviética quanto da condução do movimento comunista mundial, Trotsky lançou a IV Internacional, sem resultados significativos em meio à radicalização das décadas de 1930 e 1940.

Mesmo os que estavam cientes dos crimes e falácias stalinistas, temiam enfraquecer a primeira nação dita socialista (Marx provavelmente a consideraria mero capitalismo de Estado...) em meio à luta contra o nazifascismo.

Caçado de país em país pelos assassinos de Stalin, Trotsky foi assassinado por Ramon Mercader no México.

Autor da teoria da  revolução permanente, ele deixou como principal legado a defesa intransigente da revolução mundial como único caminho para se concretizarem os ideais de liberdade e justiça social (postura alternativa ao  socialismo num só país de Stalin, que admitia a possibilidade de construção do socialismo no varejo e subjugava os movimentos revolucionários de outras nações aos interesses e conveniências da URSS).

Ele e Che Guevara foram os símbolos máximos do internacionalismo revolucionário no século 20.

Para quem quiser saber mais sobre este personagem, no mínimo, fascinante, recomendo três obras fundamentais: Minha Vida e História da Revolução Soviética, do próprio Trotsky; a a trilogia O Profeta Armado/O Profeta Desarmado/O Profeta Banido, de Isaac Deutscher.

Seu drama inspirou também uma obra-prima ficcional, o igualmente obrigatório A Segunda Morte de Ramon Mercader, de Jorge Semprún.


*  Jornalista e escritor, mantém os blogues

http://naufrago-da-utopia.blogspot.com/

http://celsolungaretti-orebate.blogspot.com/

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