EDITORIAL - A JUSTIÇA ELEITORAL E A CENSURA

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O TSE – Tribunal Superior Eleitoral – determinou que seja retirado do ar o MUDA MAIS, um site voltado para apoio a candidatura de Dilma Roussef. O pedido foi feito por Marina da Silva, “socialista” e candidata dos bancos (ITAÚ à frente) a presidente da República.
É censura pura e simples.
A REDE GLOBO DE TELEVISÃO recusou-se a exibir um programa do candidato do PT ao governo de São Paulo, sob a alegação que “feria a lei”. Só o fez quando determinada a tal pela mesma justiça.
Se a GLOBO é um ESTADO PARALELO, dita regras para as eleições, falsifica notícias, frauda pesquisas, distorce fatos, a justiça eleitoral é um contra senso, resquício de autoritarismo, que a maneira de Joaquim Barbosa tenta moldar um pleito presidencial ao que entende serem os limites da democracia, dentre eles o exercício do direito de livre opinião.
Somos uma democracia de porcelana falsificada de dinastias chinesas e britânicas, onde a família Sarney contrata, através da governadora do estado, uma empresa ligada ao grupo para totalizar os votos nas eleições de cinco de outubro, na tal máquina de votar, avanço tecnológico que não permite nem recontagem e permite fraudes absurdas no processo de criptografar a vontade do eleitor, num resultado tomado a priori, pois as excelências do STF – Supremo Tribunal Federal – e do Congresso decidiram que o voto impresso é desnecessário.
Na Grã Bretanha se vota, até hoje, com cédulas, e a Grã Bretanha, a despeito de ser colônia norte-americana, não é necessariamente, um país atrasado, ou sem meios de desenvolver a tecnologia que Nelson Jobim achou perfeita e infalível.
Nem o papa, que já abriu mão do princípio e dogma da infalibilidade.
A retirada do MUDA MAIS da rede mundial de computadores é um ato de censura, uma violência, era comum durante a ditadura militar e se a GLOBO se pretende um ESTADO PARALELO, o mesmo acontece com os ministros do TSE que se acreditam condutores do processo democrático, censurando e ditando regras absurdas.
Essa louça falsificada quebra e coloca em risco o processo democrático..
Disfarçada de excesso de zelo e objeto de admiração pela mídia podre, a de mercado, acaba se transformando em reguladora do que não precisa de regulação. Clinton num debate presidencial chamou George Bush pai de “estúpido” e nem por isso foi censurado. Kennedy atribuía a Nixon a condição de “tramp”, vigarista, trampolineiro, nem por isso deixou de ser eleito ou sofreu sanções.
O único juiz do processo eleitoral é o povo, o eleitor e regras simples são necessárias apenas para ordenar o processo de votação, de escolha. O debate tem que ser livre para que se possa conhecer até os censores, os que gostam das práticas autoritárias, caso vivo agora da “socialista” Marina da Silva.
Sai do ar o MUDA MAIS, entra no ar o caráter vetusto da justiça eleitoral, trazendo consigo a censura e seus precipícios sombrios.
A vontade popular fica restrita ao notável saber democrático dessas figuras horrendas, saídas dos túneis vivos de 1964.