E A COCAÍNA?

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Perguntado sobre os “boatos” de uso de cocaína no programa RODA MORTA (alguns chamam de RODA VIVA) dessa semana, o candidato Aébrio do Pó das Neves explicou, explicou e não disse coisa alguma. Sabe que os “boatos” apareceram em 2010, na coluna do jornalista Juka Kfoury, valet de chambre de José Serra, quando Aébrio pretendia disputar com o governador paulista à época, a indicação presidencial.
Como Serra sabe que a PRIVATARIA TUCANA foi escrita sob as bênçãos de Aébrio, em resposta aos “boatos”, já que se viu constrangido a deixar de lado a pretensão de ser candidato.
E são do mesmo partido, tiram fotos juntos com juras de amor e um “apoia” o outro. As picadas são por trás.
O episódio do “helipótero” do senador José Perrela deixou Aébrio em má situação. Apreendido no Espírito Santo com 450 quilos de cocaína, viagem encomendada pelo filho do senador, Danilo Perrela, deputado estadual, paga parte pelo Senado, parte pela Assembléia Legislativa de Minas, Aébrio correu a tirar uma foto entre os dois, pai e filho e o piloto foi preso e assumiu a culpa. Já está em liberdade.
Aébrio tem viajado todos os dias Tenta construir os chamados palanques para sua candidatura. Patina nas pesquisas e tem a acossá-lo os olhos arregalados de Eduardo Campos e o espírito celestial de Marina da Silva. A que fala por parábolas ainda não traduzidas. Dilma está números expressivos acima da dupla que acaba sendo trio.
A perspectiva de participar da abertura da copa do mundo dia 12 de junho, levou o tucano a uma reunião com seus marqueteiros e conselheiros políticos, além, evidente, da Rasputin feminina Andréa Neves, última palavra em qualquer assunto que diga respeito ao candidato.
Ir ou não ir era a dúvida. O primeiro medo era dos microfones do estádio anunciarem sua presença e se repetir o episódio de Brasil e Argentina, em Belo Horizonte, quando era governador. O público cantou em coro – “Ô Maradona, cadê você, o Aecim cheira mais que você”.
O segundo, eventuais vaias que abalariam mais ainda sua debilitada candidatura, mesmo que a mídia de mercado, sua aliada, não noticiasse. A comunicação hoje ultrapassa a mídia de mercado, que o diga o senador Aluísio Nunes, escroque de plantão no Senado, a serviço dos tucanos, pego com as calças às mãos por um blogueiro.
Aébrio foi orientado a assistir  a abertura da copa no hospital onde se encontra sua esposa por problemas com a gravidez, num “gesto de amor e de carinho”, com direito a fotos a serem estampadas no O GLOBO, na FOLHA, etc, jornais lixos, imagens no JORNAL NACIONAL, seção do Departamento de Estado norte-americano.
Nem vaias, nem duelo de quem cheira mais, se ele ou se Maradona que, aliás dizem, parou.
Já se manifestou contra o MERCOSUL, já defendeu a volta da ALCA, já criticou governos livres da América do Sul, já se diz pronto para medidas impopulares, já acertou os esquemas com George Soros via Armínio Fraga, mas da cocaína não disse coisa com coisa. É possível que estivesse viajando, mas outro tipo de viagem.