ELEIÇÕES, UM PAÍS VULNERÁVEL

Os ataques à PETROBRAS, feitos principalmente pelo candidato tucano a presidente da República, o senador Aécio Neves, têm um único objetivo. Desacreditar a empresa, pois investidores estrangeiros desejam um lugar no Conselho de Administração e prepara-la para uma eventual entrega ao capital internacional, caso, difícil, Aécio vença as eleições.
Desde a descoberta do pré sal e as políticas de Dilma Roussef mantendo os leilões de campos petrolíferos, o poder de fogo desse capital aumentou tanto quanto a cobiça sobre reservas capazes de alavancar níveis de desenvolvimento no País, até então impensados.
A compra da refinaria de Passadena, anos depois do negócio, é apenas um pretexto, pois se equivocado à época (é discutível), hoje e lucrativa. A presença constante de Aécio Neves em Washington dá bem a dimensão desses interesses e dos compromissos que o tucano assumiu no exterior. A reedição das políticas de FHC.
Há toda uma ação orquestrada e muito bem arranjada para desvalorizar a empresa, criar obstáculos políticos para a presidente, mesmo porque a candidatura Aécio não conseguiu atingir os patamares mínimos que os tucanos logravam alcançar nas pesquisas de opinião pública a essa altura, faltando seis meses para a eleição presidencial. Dilma continua à frente e com larga vantagem nas pesquisas.
A respaldar Aécio a mídia de mercado, como sempre venal e podre no papel de defender o capital internacional e a transformação do Brasil em colônia desse capital.
A ruptura de setores do PMDB, a maior agência de empregos e negócios escusos na política entre os partidos brasileiros (ao lado do PSDB, DEM, PPS, PSB e aliados) se dá nessa direção, nessa linha e tem o mesmo objetivo. Isso tudo e mais alguma coisa, o fogo cerrado sobre o governo, indicam que Eduardo Campos deve ser jogado à fogueira e sua candidatura deixada de lado. As chamadas forças de direita já fizeram a sua opção. Aécio Neves.
Concorreu para essa decisão a confusão mental da principal aliada do governador de Pernambuco, Marina da Silva, que, em pouco mais de quatro anos, jogou fora todo um patrimônio de santa que havia construído, para transformar-se em motivo de chacota e sem crédito nenhum junto às elites que julgava iriam financiar seus projetos.
A aprovação do Marco Civil da Internet na Câmara dos Deputados, por outro lado, deixa Aécio exposto às criticas cada vez mais contundentes nas redes sociais e hoje, mais que nunca, a influência desse instrumento cresce e se mostra capaz de ser parte de um processo de demolição de um projeto político.
Aécio é um descalabro. Os seus oito anos á frente do governo de Minas foram de puro marketing. O senador não consegue falar e andar ao mesmo tempo, depende da irmã, Andréa (ironicamente uma das fundadoras do PT), até para definir a hora do café. Mas é o homem de Washington e dos grandes grupos econômicos.
Seu capital político é ser neto de Tancredo Neves e nem em seu partido vai encontrar unanimidade. A fogueira de vaidades que é o PSDB abriga inimigos irreconciliáveis do mineiro, dentre eles um apagado, mas perigoso, José Serra.
Eleições são um instrumento, um meio e não um fim em si para o processo democrático, a construção de uma democracia lato senso.
Toda essa movimentação das forças que se opõem a Dilma Roussef não levam em conta a presença de Lula na campanha eleitoral, a despeito de alguns desentendimentos entre ele a presidente.
Mas é o que Lula tem, o poste que cimentou no Planalto à falta de outra alternativa.
E com todos os erros que possa ter cometido é o protagonista principal das eleições, mesmo que FHC esteja fazendo força para sair do sarcófago e representar um papel que está fora do seu alcance.
Somos um País vulnerável. Em momento algum o governo Lula ou o governo Dilma mexeu nas estruturas neoliberais plantadas durante o governo FHC. O Judiciário está falido na sua quase totalidade e o Congresso é só uma casa de barganha, onde menos de 10% tem consciência do papel que se lhes cabe e dignidade para exercê-lo. São poucos como Requião, Chico Alencar, Jean Wyllis. Nem Pedro Simon, desmascarado em sua representação de honestidade acima de qualquer dúvida. Há controvérsias.
O cenário internacional mostra um Brasil  seguro na economia, ao contrário do que afirma a mídia, mas um ataque constante e permanente, como o rebaixamento da nota de crédito para investidores internacionais. É parte do processo para tentar eleger Aécio.
O papel das forças populares é avançar na conscientização, na organização e formação, pois o embate será duro e um retrocesso a essa altura do campeonato significará um tombo próximo da reta final, isso em termos históricos.
Se a marcha da família com Deus e a liberdade foi um fiasco, não significa que a REDE GLOBO ou o banco Itaú, o maior banco privado do Brasil, deixaram de lado o projeto de linhas de diligência da Wells Fargo. A sonegação continua intacta.
Uma eleição em dois turnos permite essa reflexão. E ainda que se saiba que no segundo turno, mais uma vez, a escolha será do menos ruim, no caso Dilma Roussef.

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