OS ASSASSINATOS DA DITADURA

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Juscelino e Jango assassinados pela ditadura através da Operação Condor. Os indícios vão se transformado em provas. O recurso usados pela ditadura para o chamado plano de “abertura lenta e gradual” do general Ernesto Geisel, ou seja, a eliminação de qualquer chance que políticos anteriores ao golpe de 1964, retornarem ao protagonismo político, pós ditadura.
Leonel Brizola sería a próxima vítima dos assassinos que tomaram conta do Brasil derrubando João Goulart. Foi salvo por uma ação de emergência do governo Jimmy Carter e mesmo assim enfrentou os mais diversos problemas dentro do Brasil, como uma tentativa de fraude quando na apuração das eleições de 1982, quando foi eleito governador do estado do Rio de Janeiro. E se puseram, no meio do caminho, por manobras de Golbery do Couto e Silva, o líder sindicalista Luis Ignácio Lula da Silva, mais tarde presidente. Lula.
Não significa que Lula tenha sido agente da ditadura como diz um dos filhos do falecido senador Romeu Tuma . O “obra” do filho do senador, parte do processo de tentativa de destruição de Lula, é encomenda do PSDB. O “autor” não conhece o alfabeto.
JK significaria uma perspectiva diversa de Jango na hipótese de retornarem ao Brasil e se tornarem protagonistas da política no período que se seguiu a 1964. O caráter do mineiro retomaria propostas de desenvolvimento comprometido com a presença do capital estrangeiro e não seria difícil a ele absorver o processo de globalização. Jango traria de volta o debate sobre as reformas de base e trataria de viabilizar um processo político que ampliasse a reforma agrária, a remessa de lucros, abominasse a ALCA (JK tinha sido autor de uma proposta de ALALC, uma versão diversa da ALCA em questões menores, mas semelhante na essência).
Esse debate não interessava ao regime militar ao contrário de Lula, que teve seu caminho facilitado para ser a principal barreira a eleição de Leonel Brizola para a presidência da república.
E conseguiu.
Toda a essência do governo Brizola no Rio de Janeiro foi desmontada por seu sucessor Welington Moreira Franco, hoje ministro de Dilma e à época um dos líderes da ditadura militar, mesmo casado com Celina Vargas, neta de Getúlio, de quem mais tarde veio a se separar.
A ditadura militar se desenvolveu em duas frentes e tão logo o general Ernesto Geisel anunciou um processo de abertura, assinou a lei da anistia, os porões reagiram a ponto de tentar um contragolpe liderado pelo ministro do Exército e abortado pelo governo federal. Sílvio Frota, torturador e carrasc, era o ministro que se rebelou.
Os assassinatos de JK e Jango , além dos muitos lutadores contra a ditadura foi um processo de “limpeza” organizado pela selvageria dos que formavam o aparelho de repressão em nosso País, após o golpe militar, Até o governo Geisel corria lado a lado com os presidente generais, no governo Geisel e no governo Figueiredo correu paralelo,
E mesmo assim, aconteceu a última tentativa de contra golpe com o fracassado atentado do Rio Centro.
A revelação que JK e Jango foram assassinados na covardia do patriotismo de gente como Brilhante Ulstra começa a recolocar a História real em primeiro plano.