O DONO DA METRALHADORA

Imagine que a população de todo o planeta seja de dez pessoas a apenas uma tenha a metralhadora. Essa pessoa é a dona do mundo e certamente terá a senzala para prevenir revoltas e surpresas desagradáveis.

Ninguém de sã consciência tem dúvidas que o regime da Coréia do Norte é uma ditadura cruel e sanguinária, voltada para um culto acendrado ao ditador, forma de manter o terror e os privilégios de militares e elites de um partido que não tem compromissos com o marxismo. Uma espécie de apêndice da China, potência capitalista e ditadura.

A China é óbvio tem metralhadoras de maior alcance e com isso consegue mais ou menos nivelar a propriedade do mundo, na prática temos duas senzalas. A gerida pelos EUA, ISRAEL E OTAN (outro apêndice de ISRAEL – EUA TERRORISMO S-A), A Europa Ocidental submetida política e militarmente e sob uma crise cujos efeitos devastadores se fazem sentir sobre os trabalhadores.

Iraquianos, líbios, afegãos, sírios, libaneses, palestinos e outros pagam o preço da metralhadora de uma das partes que domina o mundo. O Tibete, por exemplo, paga o preço da voracidade colonizadora da China.

Dois golpes de estado marcaram recentemente a América Latina. O que derrubou Manoel Zelaya em Honduras e o outro que derrubou o presidente do Paraguai. E ambos revestidos do caráter de “legalidade”, desde que o dono da metralhadora de nossa banda percebeu que tem mais um instrumento precioso além da metralhadora. A mídia lixo, ou o lixo mídia, tanto faz.

Guiam manadas, ou Homer Simpson como afirmou o apresentador do principal telejornal do Brasil.

São constantes as tentativas de golpe de estado no Equador, na Venezuela, na Bolivia e sistemáticas as pressões sobre o Brasil que aceita sem perceber os riscos das políticas dúbias, uma no cravo, outra na ferradura, um País que aos pouco vai se tornando um gigante manco, abrindo mão de um projeto próprio.

Não conseguimos até hoje, ao contrário dos outros países latinos americanos colocar na cadeia os torturadores, abrir as páginas de uma história vergonhosa como a de 1964, a ditadura que veio de longe e se alastrou por toda a América do Sul com seu espectro de terror.

Não existe alternativa a esse processo brutal, é só olhar a ação de Israel na Síria, que não a organização e luta popular, num momento em que o poder do capitalismo é muito mais bélico que econômico, sobretudo na Europa Ocidental.

Há todo um processo, por exemplo, para destruir o Irã e a ele acabam chegando, sem medir as consequências de uma guerra de grande porte.

Importa o domínio e isso significa matérias primas, toda e qualquer espécie de riqueza, o da população.

O que é a mídia lixo ou lixo mídia hoje que não o Grande Irmão, ou próximo disso.

Luta popular não significa necessariamente luta armada, embora essa seja válida em muitos momentos. Significa que o primeiro de maio longe de ser um dia festas, como foi em nosso País, é um dia de protestos, de luta, tal e qual aconteceu em vários países europeus e em Cuba, onde milhões foram às ruas ou exigir de seus governos respeito, ou reconhecer os feitos de seu governo (Cuba).

Se não buscarmos no Brasil formas de organização popular, com certeza mos breve seremos colônia de luxo, vice reinado e isso não é o que um gigante como somos devemos ou podemos ser.

O governo Dilma inclina-se à direita em várias questões e disfarça no populismo a submissão. Não quer dizer que seja pior que Aécio, que Marina ou Eduardo Campos. São piores, arrematam o processo neoliberal.

Mas sem organização e luta popular o dono da metralhadora continua sendo um só aqui e esse é impiedoso.


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