O "LATIFUNDIÁRIO" AUGUSTO HELENO E OS PISTOLEIROS QUE MATAM ÍNDIOS

O ANTIGO BRASIL - O PAÍS VALE/ARACRUZ

Dez índios makuxis foram baleados por pistoleiros da fazenda Depósito, em Raposa Serra do Sol, em Roraima. Os pistoleiros atiraram contra os makuxis usando capuzes. Andaram sete quilômetros para chegar ao ponto onde estavam os índios, donos da terra ocupada pelo grileiro Paulo César Quartieiro, mandante do crime.

O latifundiário Vitalmiro Bastos Moura, mandante do assassinato da irmã Doroty Stang foi absolvido pelo Tribunal do Júri num segundo julgamento, hoje, seis de maio. O bispo de Abaetetuba, no Pará, dom Flavio Giovenale, disse que não se surpreendeu com o resultado. Ameaças de mortes a jurados e a ele próprio.

Para um general valente que diz que vai onde quer na Amazônia, o "latifundiário" e comandante militar das tropas da VALE, Augusto Heleno, certamente não se perdeu nada com o atentado terrorista contra indígenas, pois na cabeça desse preposto das grandes empresas e dos grileiros, índio não é gente.

O mínimo de autoridade no País e o general estaria demitido das funções que ocupa e preso por incitar com suas declarações a violência contra os índios. Como a VALE proclamou a independência daquela parte da antiga Amazônia brasileira em conluio com o general e os latifundiários fica tudo do jeito que está, até porque o ministro da Defesa é Nélson Jobim e dessa cartola não sai coelho, só lambanças e oportunismo político.

Quem quer que se dê ao trabalho, mínimo, mas indispensável para que se perceba o processo de fragmentação do território nacional, quebra da unidade entre países sul-americanos e golpes contra governos legítimos por contrariar interesses dos donos, Washington e grandes empresários e donos de terra, vai compreender que por detrás da valentia do general existe o poder desses senhores de terra e gente e que se estende por todo o resto do que ainda resta do território brasileiro, nessa conversa fiada de PAC e PPPs, o paraíso FIESP/DASLU.

São missionárias como a irmã Doroty assassinadas. Índios expulsos de suas terras. Um general que serve a interesses e potência estrangeiros. Empresas e latifundiários que agem acima de qualquer lei que não seja a do lucro.

Elites são perversas, apátridas e amorais.

Na Bolívia não aceitam o resultado das urnas e inventam um referendo montado na farsa e fraude (que a GLOBO proclama como vontade popular na esteira da mentira paga a peso de ouro), para separar a parte "rica" do país e evitar o "mau cheiro" do povo.

Na Venezuela as sucessivas tentativas de golpe contra o governo do presidente Hugo Chávez. No Equador o ataque colombiano com a conivência de setores das forças armadas do Equador contra um acampamento de negociações.

Na Colômbia, principal base de operações terroristas, além da turma do general Heleno, o tráfico no governo.

É preciso lembrar o noticiário alarmante sobre a ex-senadora Ingrid Betancourt e nada aconteceu.  Ou seja, aconteceu sim.  Ingrid não foi trocada por outros prisioneiros de guerra para não atrapalhar o terceiro mandato de Álvaro Uribe, o traficante que comanda o país. Foi o ex-marido dela quem disse isso na segunda-feira à imprensa internacional.

Em todo esse processo há um fio a conduzir. Vem de Washington, de Wall Street e soma-se às elites sul-americanas. A borduna fica por conta de generais cooptados e transformados em chefes de quadrilhas de grileiros, pistoleiros, encapuzados nos atentados como o cometido contra os makuxis, ou a absolvição do "patriota" Vitalmiro.

Tem sempre o patriotismo nessa gente, "o último refúgio dos canalhas".

A debilidade do governo Lula diante de fatos como esse, o atentado terrorista contra makuxis, só faz reforçar a impunidade de empresas, latifundiários e o "nacionalista" Augusto Heleno.

Não existe Amazônia brasileira mais. Não foi entregue pelos índios ou pelos trabalhadores. Foi dada por FHC à VALE e pela ditadura aos grileiros. São mantidos pela fraqueza do atual governo. 

Nem existe essa bobagem de nacionalismo militar. A ditadura foi mero exercício de terrorismo, tortura, morte, seqüestro e assassinatos a mando dos mesmos donos.

Atuam hoje encapuzados e disfarçados. A bandeira que carregam traz a inscrição "covardia sempre" e nos capuzes "patriotismo até matar o último índio e o último missionário".

O avanço hoje se estende ao antigo estado brasileiro do Espírito Santo, hoje estado VALE/ARACRUZ. O balneário de Piúma registra hoje o mais alto índice de evasão escolar entre meninas na região. Com a chegada do "progresso" ficou mais lucrativo "vender o corpo" para peões que lá aportam e assim contribuir com o crescimento econômico e os novos tempos.

No sul desse novo país está uma das maiores plataformas de petróleo anteriormente do Brasil.

Uma siderúrgica que está sendo construída em Castelhanos com participação de capital chinês (negócio da China) vai gerar uma ferrovia que cortará todo o litoral do país VALE/ARACRUZ.

Os níveis de prostituição por conta do progresso dobram. Em Ubu três mil trabalhadores constroem o progresso, mas dos donos.

Os fazendeiros da região suspenderam a produção de cocos para vender terras a empresas que vão construir condomínios de luxo/lixo para as elites do novo país.

Índios e quilombolas são expulsos de suas terras e o governo do VALE/ARACRUZ já decidiu que vai reduzir a área de plantio na Amazônia em 50% para plantar eucaliptos e produzir celulose.

O cerco ao Brasil deve atingir em breve todo o Nordeste e quando chegarem a São Paulo, no enclave FIESP/DASLU vão anunciar a capital do novo país, com novos capitais.

E Lula, presidente do antigo Brasil, hoje Roça de Cana, acha que "isso é sacanagem com a gente".

Que o digam os bagaços.

Já se cogita de uma arapuca na república FIESP/DASLU e toda a sua amplitude onde hotel vira sede suntuosa e torneio de sinuca encaçapa pessoas. Zé Pastinha deve tentar a vereança em Piúma, faz bem o seu estilo. No mínimo arranja vaga de ordenança do general Heleno.

 

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