Laerte Braga em foco

Senadores norte-americanos descobriram que são espionados pela CIA e as empresas terceirizadas nos serviços de inteligência. Ñão podem mais ser homossexuais enrustidos, ter amantes, receber propinas em paz, ou descobrir que as mulheres têm amantes. No Brasil um senador que depois virou presidente tinha um caso com a mulher de outro senador, que em seu governo virou ministra. Eram até amigos. O esquema era simples, embora ninguém nunca entendesse bem a razão de Niterói. O senador descia no Galeão, ia para Niterói e no vôo seguinte a mulher do outro senador descia no mesmo aeroporto e perguntava a um funcionário amigo se "o senador já chegou". Rumava então para o ninho de amor.


A situação nos EUA começa a tomar um rumo diferente. A crise na Ucrânia criada por empresas terceirizadas por Bush para serviços de inteligência, sabotagem, terrorismo, assassinatos, torturas, etc, todas republicanas, sabem que não vão além do que Obama está falando. Mas para o público interno, ano de eleição, de olho na outra eleição, 2016, começam a chamar o presidente de "o frouxo Obama" e Puti...n de "o super Putin. É uma tentativa desvairada de reacender o dito orgulho norte-americano, a auto estima, em baixa com os índices negativos que o país vive. No duro, debilitam Hilary Clinton, que é mais fascista que qualquer republicano, porque dissimulada, Republicanos ainda andam de quatro, não acreditam que John Wayne morreu, mas, por natureza, são covardes, traiçoeiros. O furo aí, embora sejam os favoritos, está no fato que os cidadãos cansaram de pagar pelas guerras inconsequentes (consequentes só para o complexo militar/industrial). É um país em franco processo de declínio, é u'a nação que se dissolve na História, que segundo eles, acabou. Acabou nada


A "mais baixa categoria na escala social", segundo Boris Casoy, um dos mais repulsivos jornalistas do País, deu uma lição de como enfrentar os poderosos e vencer. A greve vitoriosa dos garis do Rio de Janeiro ecoou em todo o mundo, como aula de luta popular, isso, com um sindicato pelego e no bolso do prefeito do Rio. Às vezes emolduramos figuras que colocamos em nossas paredes. Os garis do Rio e sua greve devem ser emoldurados em nossas consciências como exemplo de luta popular.


O primeiro presidente a tratar de forma efetiva a remessa de lucros de empresas estrangeiras para o exterior, suas matrizes, foi Jânio Quadros. Só que, no papel que fingia exercer, maluco/moralista, o fez por decreto, ou seja, sem sustentação jurídica. João Goulart tratou do problema através de uma lei, dentro do contexto que se chamou, à época, reformas de base. O jornal O GLOBO foi visceralmente... contra. Fez um estardalhaço contra as restrições impostas ao capital estrangeiro, falou em atraso, etc. A edição de hoje, nove de março, na manchete da primeira pagina, afirma em tom crítico que as teles aumentaram em 150% a remessa de seus lucros aos seus países de origem diante da crise que afeta a Comunidade Europeia. E vai adiante, fala no aumento do número de usuários, mais de 40%, na redução dos investimentos em melhorias nos serviços (7% dos lucros) e diz que se houvesse cumprimento dos acordos os serviços seriam melhores e mais baratos. As privatizações ocorreram no governo FHC, os governos do PT não tomam providências para corrigir distorções, ou reestatizar os serviços, a agência reguladora atende aos interesses das empresas e dane-se o usuário. Tribunais raramente decidem contra teles e multas aplicadas são mera ficção. Nunca foram pagas. Somos um País que, brevemente, veremos a Wells Fargo chegar com suas diligências, pois abrimos mão da nossa independência política e econômica, para um modelo falido e explorador. Quando Brizola dizia isso era chamado de "incendiário". O GLOBO diz isso hoje dentro do espectro eleitoral, na sugestão implícita que um trêbado toxicômano ou um corrupto, Aécio e Eduardo Campos, com uma Marina a caminho da loucura e suas frases do nem sei o que é isso, resolveriam o problema. É o jornalismo de esgoto. Chamem os garis do Rio para colocar ordem nessa sujeira toda


No caso específico de opinião, a mídia brasileira, podre, não publicou ainda uma linha sobre a situação em Minas Gerais. O jornalista Marco Aurélio Carone preso sem razão de ser, Geraldo Elísio ameaçado e teve sua casa invadida, tudo por criticarem o feudo dos Neves, que controla, por ter comprado, a mídia de mercado de Minas.


Quando o jurista Ives Gandra Martins afirmou aos quatro cantos do País que José Dirceu e outros "réus" da mentira "mensalão" foram condenados sem provas, o jurista manifestou sua opinião e surpreendeu levando em conta suas opiniões. Devemos dizer que se trata da opinião de alguém que tem opinião livre, íntegra dentro da sua visão de mundo, no caso a partir do mundo jurídico. Há uma diferença no jo...rnalismo de opinião e no jornalismo noticioso, digamos assim. Jânio de Freitas, Paulo Francis, Millôr Fernandes, Élio Gaspari e outros, são jornalistas que emitiram opiniões e emitem, com as quais não se torna necessário concordar, mas é impossível se lhes negar a honestidade profissional. São diferentes dos esbirros de VEJA, dos papéis que cumprem William Waack, William Bonner, etc, para que tenham a opinião de quem lhes paga. Ou seja, não têm opinião. Têm mau caratismo no exercício da profissão. Se vendem. É impossível "comprar" um Jânio de Freitas ou um Gaspari. Mas se compra um Arnaldo Jabor que existe aos montes no "mercado". Eliane Catanhede é exemplo disso. Não tem um pingo de caráter. Sua opinião é determinada pelo emprego que o marido tem junto a tucanos, pelos extras que recebe, os favores, os benefícios, etc. A jornalista desandou nesses dias de crise na Venezuela e na Ucrânia. Reflexo do se me pagarem mais escrevo pior ainda e minto mais ainda. Isso além de não se poder comparar um texto pobre e ridículo, que dá a sensação/certeza de já vir pronto de quem paga, com a qualidade de um Jânio de Freitas, ou um Élio Gaspari. Um Alberto Dines. Jornalistas exemplares a despeito de suas opiniões, exatamente por suas opiniões, livres e que expressam o que pensam e não o que querem os que pagam, caso de Catanhede. É a síntese do jornalismo lixo de VEJA, GLOBO, FOLHA, etc. Ter opinião e expressá-la através de um veículo de comunicação, qualquer que seja, não é crime, é direito. Achar que esse candidato é melhor que aquele também. Agora receber por fora, enquadrar-se em esquemas que no meio musical se chama de "jabá" (Alceu Valença denunciou semana passada que se mantém intocado), isso é prostituir-se na profissão. É o caso de Catanhede e seu esforço titânico para criminalizar um governo legítimo, o da Venezuela, atingir o do Brasil e de quebra achar que líderes europeus vão abrir a página dois da FOLHA DE SÃO PAULO e se orientarem por "suas opiniões", que refletem a doença FIESP que assola o Brasil e se espraia por u'a mídia venal, braço do atraso. Imagino os barões da FIESP conferindo a coluna da referida senhora e colocando o jornal num escaninho, com o carimbo "dentro do esquema".


ABI fez no dia 10, seminário sobre OS BARÕES DA MÍDIA. O assunto foi discutido e a necessidade luta por uma lei de meios ficou clara e evidente. Mário Augusto Jakobskind, sobrevivente do jornalismo digno do país foi o coordenador.

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