Ainda o gás natural

Em artigo recente nesta coluna comentávamos a questão do gás natural no Brasil. Dentre os problemas ali mencionados, salientávamos a nossa crítica dependência de gás natural importado da Bolívia, um país ainda social e politicamente bem instável, o que implica em transferir essa instabilidade para nossa matriz energética e conferir incerteza à oferta de energia em nosso país.

Isto posto, A Petrobrás anuncia, no dia de hoje, seus planos para ampliar e diversificar as fontes de suprimento de gás tanto de produção doméstica quanto de gás importado.

Informa a empresa, em nota oficial, seu projeto de investir no quadriênio 2007-2011 algo como US$ 22,1 bilhões para permitir uma oferta de cerca de 70 milhões de metros cúbicos por dia de gás de produção nacional até 2010, a importação de 20 milhões de metros cúbicos por dia de GNL (Gás Natural Liquefeito) até 2009, além da manutenção dos volumes atualmente contratados da Bolívia, de 30 milhões de metros cúbicos por dia.

Nada mal uma empresa realizar investimentos. O que se pode e deve questionar é se tais investimentos se constituirão num ganho de qualidade e de segurança para a sociedade à qual eles irão servir.

Não creio ser este o caso. A Petrobrás informa que está nos seus planos de negócios a oferta, até 2011, de cerca 70 milhões de metros cúbicos por dia de gás natural de produção nacional, especialmente das Bacias de Campos, Santos e Espírito Santo – o que implica em triplicar a atual produção brasileira – além da manutenção da atual importação de 30 milhões de metros cúbicos por dia da Bolívia e, finalmente, uma parcela adicional de 20 milhões de metros cúbicos por dia de GNL (gás natural liquefeito), provavelmente oriundos da Nigéria ou do Golfo Pérsico (Irã e Qatar).

Nada mal quanto à ampliação da produção nacional. O que merece reflexão e debate é a manutenção e mesmo a ampliação da dependência de gás natural importado de fontes pouco confiáveis. Para agravar a questão, informa a Petrobrás que esta ampliação da oferta tem como objetivo suprir 24 usinas termelétricas no país. Ou seja a incerteza intrínseca do suprimento de gás importado de países instáveis política e economicamente vai se propagar para o nosso sistema elétrico.

Argemiro Pertence (Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.)

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