PSOL e PSTU vão repetir a equivocada frente de esquerda nas eleições 2012 em Macaé

Conforme fizeram nas eleições municipais de 2008 quando tiveram pífia votação, o Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) e Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU) vão repetir na campanha eleitoral 2012 em Macaé a equivocada Frente de Esquerda. Foi o que anunciaram na imprensa burguesa local os presidentes dos diretórios municipais dos respectivos partidos, o marítimo aposentado Rafael da Anunciação e o professor Alexandre Elias. Sem representatividade junto às massas trabalhadoras e operárias as duas legendas sequer têm como mudar tais dublês de dirigentes-candidatos. Nas eleições de 2008, Anunciação foi candidato a vice enquanto Elias foi candidato a prefeito.
Naquela campanha o então candidato a prefeito Elias pagou mico em entrevista concedida à imprensa sobre seu programa de governo declarando esta pérola "Não iremos aceitar o lucro excedente (sic) que ocorre no setor de transportes". Posteriormente cobrado devido à incoerência do que afirmou uma vez que ele e o seu PSTU autoproclamam ser socialistas, o então candidato a prefeito alegou que o culpado foi o jornalista que o entrevistou, porque interpretou e redigiu erroneamente o que ele tinha declarado. O curioso é que o culpado jornalista de iniciais D G - então editor do jornal O Debate atualmente de O Diário - teria sido um ex-simpatizante do próprio PSTU.
Nacionalmente o PSTU e o PSOL nem são tão aliados assim, apesar de originários do PT. Do qual ao sair em 1991 a então Convergência Socialista (atual PSTU) achou que levaria as bases operárias petistas. Para os adeptos do sectário e falecido dissidente trotskista argentino Nahuel Moreno ou Hugo Miguel Bressano Capacete (1924-1987) o PT tinha virado um partido burguês. Porém, os morenistas saíram sozinhos, ainda que a partir do 5º Encontro nacional em 1987 - através da tese acumulação de forças - o PT tenha mudado de partido operário independente (POI) para partido operário-burguês (POB). Isto é, com direções nacional, estaduais e municipais praticando a política dos interesses da burguesia.
Já o PSOL não tem o discurso ultraesquerdista e pretensamente revolucionário dos morenistas, autoproclamando ser um partido socialista baseado na defesa da ética na política. Até porque, além dos princípios do centralismo democrático e do direito de tendência, foi o que impediu a concretização da proposta do nanico PSTU de se dissolver, para se unificar no PSOL. Que, se constituiu a partir de 2004/2005 através das injustas expulsões de três parlamentares petistas, a senadora alagoana Heloísa Helena e dois deputados federais o ‘Babá' e a Luciana Genro. PSOL e PSTU só foram nacionalmente aliados nas eleições de 2006. De lá para cá, cada um tem trilhado o próprio caminho.
Para se ter idéia, suspeita-se que em um município vizinho de Macaé o PSOL esteja articulado para coligar-se a uma sigla do centro no espectro político-ideológico que poderia ser o Partido da Republica (PR). Daí ser no mínimo estranho que em Macaé o presidente do diretório local Rafael Anunciação afirme que a presidente fluminense do PSOL a deputada estadual Janira Rocha tenha dado tanta ênfase assim para a autoproclamada frente de esquerda com o PSTU. Isso pode ser explicado pelo fato de que frente de esquerda é a sectária designação criada pelo dissidente trotskista o falecido argentino Nahuel Moreno, segundo a qual, dela somente fazem parte os ‘revolucionários'.
Diferentemente dos morenistas e do PSOL, nós da corrente interna petista Esquerda Marxista (EM-PT) propugnamos a constituição de uma frente única (FU). Que, significa chamar todos partidos e todas as organizações que reivindiquem ser representativas das massas trabalhadoras e operárias a romperem com a burguesia. Atenção, no caso de Macaé como a oligarquia local se trata de hipertrofia sociológica da dominação burguesa, opor-se a mesma é questão de princípio para tal independência de classe. A partir disso, um programa de unidade na luta contra a burguesia e seus partidos políticos (de qualquer situação no espectro político-ideológico) dá condição de derrotá-los através de uma campanha eleitoral massiva.
*jornalista - militante da seção brasileira da Corrente Marxista Internacional (CMI) a corrente interna petista Esquerda Marxista (EM-PT) no qual é membro do diretório municipal em Macaé (RJ).
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