Exército de Brancaleone Segura a Barra da Ministra Ana de Hollanda

Dentre os fatos políticos que marcam os primeiros dias do governo Dilma Rousseff, há um que beira o absurdo pela ilogicidade, que é esta campanha contra a Ministra Ana de Hollanda, só porque substituiu um nome do Partido Verde no MinC, fez mudanças em cargos de confiança e cuidou de outras alterações administrativas.

De início foi a questão de retirada do selo Creative Commons do site do MinC, um fato insignificante em termos administrativos federais, pois, segundo o site Rede Brasil Atual (http://www.redebrasilatual.com.br/multimidia/blogs/blog-na-rede/mot...), apenas 2 ministérios o adotam até agora.

Depois foi o caso Emir Sader que, de boquirroto, indelicado e arrogante, foi tratado como se fosse  vítima de algum ato atrabiliário por parte da Ministra, que apenas tornou sem efeito o convite que fora feito e zelosamente convidou o cientista social Wanderley Guilherme dos Santos para o cargo. O incrível é que há até quem do alto de sua ignorante arrogância(ou má fé) tenha a coragem de repetir o mantra desqualificante para os que estão acostumados com as "personalidades e famosos" de quinze minutos, "não sei quem é essa tal de Ana de Hollanda",  como se fosse um crime alguém não ser uma celebridade  badalada pela mídia.

Agora, como fecho de ouro, numa clara demonstração de que a tentativa de demolição da Ministra Ana de Hollanda faz parte de uma forte aliança política para desestabilizar a Presidenta Dilma Rousseff, surge essa "reportagem" sobre a área ministerial e o Palácio do Planalto, sem que nenhuma fonte corrobore o que a repórter paulista da FSP diz ter acontecido, em que a Presidenta é citada como "confidente" de uma crítica à Ministra. Ora, infelizmente, há muito que a grande mídia adota a técnica de citar "várias fontes", sempre cautelosamente escondidas pelo anonimato e pelo sigilo, para divulgar boatos e realizar intrigas para incomodar e enfraquecer a credibilidade de pessoas públicas. Nesse caso, muito mais que a Ministra Ana de Hollanda, o alvo é a Presidenta Dilma Rousseff.

A questão é que tais manobras, pela falta de originalidade e eficácia veraz, servem apenas para reforçar o apoio da real esquerda à Presidenta Dilma. Assim como nos idos de 1950/60 e 1989/2008 muito se badalou sobre o fim das ideologias e da História, hoje, numa espécie de revival das teses de Daniel Bell e suas fantasias neo-industriais, a nova moda é uma visão estratégica tão ampla que supere os dilemas das divisões sociais e os objetivos problemas econômicos, de tal maneira que, através de uma "política de compartilhamento e parcerias" haja a anulação das negativas características do sistema capitalista, algo somente possível pela adoção de novos paradigmas de desenvolvimento e relações humanas, em que a tecnologia operará a factibilidade de tudo isso. Tudo sustentado na argumentação neoliberal do Manuel Castells, que a exemplo de muitos, acreditou na perenidade desse modo de exploração capitalista.

Ou seja, mais do que a simples queda de uma Ministra, há o objetivo de impor uma agenda política e procedimentos administrativos que tornem reais essas propostas e prontamente executáveis em larga escala. É uma nova versão do famoso "golpe de Estado", hoje, eufemisticamente chamado de revolução colorida, no caso uma "revolução verde".

A agenda negativa contra a Ministra Ana de Hollanda  seguida por  toda a Grande Mídia e parte da blogosfera, com denodado empenho, exige a fabricação de um "escândalo" por dia. É "guerrilha comunicacional" ensinada poe Gene Sharp e seguidores.

Anteontem foi o pití do Emir Sader. A ordem era transformar a Ministra, vítima de ofensas, em algoz do magister dixit. Hoje colocam a própria Presidenta no imbróglio como se fizesse sentido uma pessoa direta e decente como ela ficar falando tititis sobre seus ministros, ao invés de falar diretamente com eles caso tivesse algo a recomendar. E seria Dilma tão bobinha que faria tudo isso ao alcance dos ouvidos da FSP.

Espera-se que o exército de reserva do Partido Verde e os fanáticos pelo CC virem a público para dizer que não conhecem Wanderley Guilherme dos Santos e que discordam de  sua nomeação.

Jornalista Pedro Ayres

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