Guerra Econômica - relação Estados Unidos-Brasil: a era brasileira já começou

As dificuldades regulatórias e a situação de monopólio da BM&F Bovespa não desviaram a Bats Global Markets de se aventurar no mercado brasileiro. Em conjunto com a gestora de recursos Claritas, a plataforma eletrônica com sede nos EUA anunciou que está estudando possibilidades no mercado brasileiro. A baixa liquidez do mercado atualmente não preocupa Ken Conklin, vice-presidente sênior de desenvolvimento de negócios e marketing da Bats. Esse giro financeiro relativamente baixo em padrões globais, segundo ele, é culpa em parte da própria BM&F Bovespa, que não tem tecnologia o suficiente. Por isso, a ideia da Bats é criar uma alternativa, com as mesmas ações negociadas (sem derivativos), mas preços melhores e tecnologia de ponta.Há muitas informações sobre a empreitada que ainda não estão claras: qual será a estratégia da nova bolsa para atrair investidores? Quais as projeções para o crescimento do mercado brasileiro? A bolsa de valores da Bahia, Sergipe e Alagoas – também conhecida como Bovesba – está envolvida? Todas essas perguntas, assim como o cronograma e investimentos esperados para o projeto, têm como resposta “não podemos comentar”.Apesar das informações ainda escassas, Conklin destacou a importância de um concorrente para a BM&F Bovespa no mercado brasileiro, que cobra preços altos demais, em sua opinião, e esclareceu qual será o foco dessa bolsa concorrente no País. Confira a entrevista:- Por que a Bats escolheu o Brasil?Ken Conklin - A Bats normalmente procura por oportunidades em todo o mundo, e estamos olhando o mercado brasileiro há alguns anos como uma possibilidade. A Bats começou nos Estados Unidos, e uma das razões foi para se tornar um competidor para as bolsas de valores. Depois que atingimos certo tamanho, estávamos olhando a Europa, e achamos que era o timing certo para entrar nesse mercado – hoje, temos entre 6% e 7% do mercado europeu.Do mesmo modo, estávamos observando o Brasil, e acreditamos que agora é um bom timing para considerar seriamente se tornar um competidor para a BM&F Bovespa. Há diversas questões que causam fricções nos mercados – os preços, por exemplo. Achamos que os preços da Bovespa são bastante altos, e acreditamos que podemos baratear isso. E acreditamos que podemos trazer tecnologias de ponta para o mercado. O mercado de capitais brasileiro está forte, e gostaríamos de ajudar a melhorá-lo.Então os principais atrativos seriam os preços e a tecnologia?Acreditamos em entrar em mercados onde podemos reduzir as fricções, e as fricções que vemos no mercado brasileiro são altos preços para os clientes e tecnologia deficitária – determinamos isso depois de conversas com participantes do mercado. Acreditamos que podemos oferecer um serviço muito melhor ao cliente, baseados em nossa experiência nos mercados europeus e nos EUA.A atual liquidez do mercado brasileiro não preocupa?Diariamente, são negociados cerca de US$ 3,5 bilhões de dólares no Brasil, em termos nocionais. Acreditamos que a tecnologia da BM&F Bovespa está impedindo que esse volume aumente – assim, trazendo uma tecnologia melhor, veríamos um maior volume de negociação.Além disso, conforme o mercado evolui, mais participantes “avançados” do mercado serão atraídos, aumentando a liquidez, o que é bom para o mercado brasileiro.
O foco da Bats serão esses players avançados do mercado ou o investidor de varejo?Nosso foco será o mesmo que tivemos nos demais mercados, que é permitir que qualquer participante do mercado que se qualifique para negociar negocie na nossa plataforma. A solução que estamos estruturando para o Brasil permitirá que qualquer investidor que possa negociar negocie – seja institucional, de varejo ou corretoras. Tentamos ser o mais inclusivos possível, considerando a regulação.Considerando as diferenças regulatórias do País, a Bats já entrou em algum mercado com condições semelhantes ao brasileiro?Todos os mercados têm sua própria estrutura regulatória, então tentamos trabalhar com os reguladores para oferecer o melhor produto possível. Mas todos os mercados são um pouco diferentes.O recente movimento de fusões entre grandes bolsas externas traz a preocupação de que a Bovespa possa fazer o mesmo para dificultar a competição?Há muita atividade em termos de fusões, mas não podemos comentar esse assunto.A Bovespa anunciou recentemente uma mudança em sua estrutura de preços, o que foi visto como uma tentativa de dificultar ainda mais a competição. A Bats espera novas medidas nesse sentido, agora que formalmente anunciou sua intenção de entrar no mercado brasileiro?Acreditamos que essas mudanças de preço foram tentativas indiretas de dificultar a competição, e achamos que a BM&F Bovespa vai agir como um monopólio, fazendo o que puder para manter esse status.E a intenção é criar uma câmara de compensação própria, para não ter que usar a da Bovespa?A solução que estamos estruturando com a Claritas inclui isso. Não acreditamos que usar o serviço da BM&F Bovespa, mesmo que eles nos permitam isso, nos colocaria em uma posição competitiva em que poderíamos criar as sinergias que gostaríamos de criar. Acreditamos que eles usarão sua posição de monopólio para fazer com que seja o mais difícil possível que outros players entrem.A proposta é ter as mesmas ações negociadas ou apenas alguns setores ou nichos, como small caps?

Pretendemos negociar a maioria das ações e títulos listados na BM&F Bovespa.E derivativos também?Agora, somente ações listadas na BM&F Bovespa.A Bats pretende abrir um escritório no País?Eu não posso dar detalhes sobre isso, mas posso dizer que a Claritas é a principal força no Brasil.A Bovesba, a bolsa de valores da Bahia, está envolvida no projeto?Conversamos com diversos participantes do mercado, mas não podemos comentar quem eles são.


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