Prejuízos gerados por desastres no Brasil somam mais de 15 bilhões de reais, afirma ONU

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A representante especial do secretário-geral da ONU para a Redução do Risco de Desastres, Margareta Wahlström, na abertura do fórum, que reuniu, em São Paulo, lideranças empresariais. Foto: UNIC/Mariana Nissen

Em evento do Escritório da ONU para a Redução do Risco de Desastres, lideranças empresariais brasileiras reafirmam compromisso de mitigar riscos e trabalhar para a sustentabilidade global e de seus negócios.
“O propósito dessa reunião é engajar o setor privado para promover a resiliência de seus negócios, usando os instrumentos que existem para mitigar e prevenir desastres antes que eles se transformem em algo muito caro para as empresas”, afirmou a representante especial do secretário-geral da ONU para a Redução do Risco de Desastres, Margareta Wahlström, na abertura do fórum, que reuniu, em São Paulo, lideranças empresariais interessadas na construção de negócios e cidades mais resilientes.
Organizado pelo Escritório da ONU para a Redução do Risco de Desastres (UNISDR) e o governo brasileiro na última terça-feira (02), o Fórum de Lideranças Empresariais para a Redução do Risco de Desastres expôs que a escassez de recursos naturais, as perdas humanas devido a catástrofes e o impacto das mudanças climáticas na produtividade são uma realidade que deve ser embutida na gestão empresarial.
O diretor do Centro de Excelência para a Redução do Risco de Desastres do UNISDR no Brasil, David Stevens, disse que o Escritório vem trabalhando com o setor privado no Brasil através da Aliança do Setor Privado para Redução de Riscos de Desastres, uma iniciativa que já conta com a participação de mais de 20 empresas. Focado na liderança empresarial, o Fórum proporcionou uma oportunidade pioneira para que os dirigentes de diversos setores conheçam dados e boas práticas nacionais, regionais e internacionais, que demonstram como o investimento na redução de riscos pode ser um bom negócio.
Mesmo em um país como o Brasil, que não é propenso a fenômenos da natureza – como erupções, furações ou terremotos-, essa lógica deve ser aplicada, afirmaram os palestrantes.
Para o sócio presidente da Pricewatercoopers no Brasil, Fernando Alves, o país apresenta um conjunto de desastres, que ainda que tenha proporções menos catastróficas, afeta a atividade econômica. As enchentes na região serrana do Rio de Janeiro em 2011 que deixaram mil mortos e a própria escassez de água em São Paulo são um exemplo de como as circunstâncias de natureza ambiental produzem um impacto na atividade econômica.
“O empresariado brasileiro começa a refletir com relação à necessidade de ampliar sua resiliência e capacidade de agir frente a estes desastres e começa a identificar que sem uma parceria com o setor privado nível de resposta será abaixo do requerido”, disse.
Para ilustrar a dimensão dessa perda, o Banco do Mundial indicou que os grandes desastres ocorridos entre 2008 e 2011 em Pernambuco, Santa Catarina, Alagoas e Rio de Janeiro provocaram perdas de 15 milhões reais.
“Hoje praticamente 25% dos nossos municípios decretaram situação de emergência e alguns ainda sofrem esse impacto, como é o caso da seca que é um tipo de desastre que se prolonga ao longo de um tempo”, afirmou o secretário nacional de Proteção e Defesa Civil, Adriano Pereira Junior.
Segundo ele, muito já foi feito no âmbito de preparação da população para enfrentar estas calamidades públicas. No entanto, mais ações concertadas devem ser empreendidas para a reconstrução imediata de infraestruturas pós-desastre que evitem prejuízos prolongados para o governo, as empresas e a sociedade.
Já a diretora executiva da Rede Brasileira do Pacto Global, Renata Seabra, ressaltou que o investimento em ações de redução de desastres não pode ser decidido pensando apenas na melhoria da imagem da empresa ou em um retorno imediato dos lucros, mas como uma oportunidade de negócio de longo prazo para assegurar a sustentabilidade global e, especificamente, dos negócios.
Para citar um exemplo de uma parceira de êxito, ela sublinhou a parceira entre a Odebrecht Ambiental e a Sabesp, uma empresa do governo do Estado de São Paulo, que promoveu o maior projeto de reuso de água da América Latina. Através dessa iniciativa, o polo petroquímico de Mauá deixou de usar água potável para os seus processos produtivos, oferecendo esse bem tão escasso no estado para a população.
O evento serviu ainda como plataforma para o lançamento da R!se no Brasil, uma iniciativa do UNISDR, da PricewaterhouseCoopers e outras empresas e instituições para facilitar a troca de experiência e conhecimento para a implementação de projetos tangíveis de redução de riscos de desastres e que contará com o apoio de um fundo fiduciário próprio.
Com um horizonte de seis anos de trabalho para alcançar seu plano de trabalho, a iniciativa conta com oito frentes que promovem ferramentas, recomendações e boas práticas, envolvendo a elaboração de cursos universitários em gestão de riscos de desastres, criação de padrões voluntários para indústrias, investimento responsável, apoio as comunidades locais de negócios e departamentos governamentais para aumentar sua resiliência, entre outras atividades.
Entre as propostas apresentadas se encontra a de um grupo de asseguradoras que promete revisar as apólices de seguro baseada em mapeamento e dados para melhorar os preços e contemplar indenizações e assistência àqueles que perdem patrimônios por catástrofes ou necessitam de pronto-atendimento imediato após um desastre.

* Publicado originalmente no site ONU Brasil.
(ONU Brasil)

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