BRASILEIRA QUE MORA NA ESPANHA DENUNCIA NEGLIGENCIA DO BRASIL E PEDE APOIO

Eu me chamo Marilene Lopes Silveira, sou brasileira natural de Fortaleza, Ceará. Atualmente resido com a minha filha em Huesca, no estado do Aragão, na Espanha.
Gostaria muito de colocar ao conhecimento de todos os brasileiros que residem fora do Brasil ou simplesmente daqueles que algum dia pretende residirem fora, sobre o NÃO atendimento, a NÃO orientação e até a FALTA de ajuda e respeito dos principais órgãos brasileiros, desde o Consulado Geral do Brasil em Barcelona (Espanha), o Ministério das Relações Exteriores com o Departamento DAC - Divisão de Assistência Consular para Brasileiros no Exterior, e à Presidência do Brasil. Eu sou apenas uma cidadã e sempre paguei os meus impostos em dia. Até 2003, eu trabalhava como funcionária pública no cargo de Agente Administrativa do Governo do Estado do Ceará. Pedi a exoneração dos meus 23 anos de serviço para vir à Espanha para contrair matrimônio com um espanhol. Imediatamente, no mesmo ano, me inscrevi no Consulado Geral do Brasil em Barcelona, já que a jurisdição do mesmo é também para residentes em Huesca.
Porém, esse matrimônio foi e continua sendo um verdadeiro engano e roubo por parte do meu marido.
Recentemente, eu tive que denunciá-lo perante a justiça espanhola por violência doméstica e maus tratos.
O meu ex-marido abandonou a casa no dia 22 de fevereiro deste ano (2013) deixando-me sem nada, porém no dia 11 de março ele voltou a casa e ambos discutimos no hall do apartamento e ele me empurrou em direção à escada, segurei nas grades e por sorte não cai de escada abaixo. Imediatamente, minha filha chamou a Polícia Nacional (que é como a Federal, no Brasil). A própria Polícia encaminhou a denúncia ao Tribunal. Em nenhuma das audiências se julgou o ato e nem os maus tratos ocorridos durante o matrimônio, pelo contrário, misturaram propositalmente o processo de divórcio (Civil) que ainda nem se quer estava em trâmite para desacreditar o julgamento do Penal. A sentença está cheia de erros por parte da justiça espanhola.
O advogado de oficio que levava o Penal se chama Mariano Paño Peña (segundo a polícia ele é o melhor no seu ramo), porém ele, desde o começo do processo me omitiu a documentação, e, depois de muito insistir e na presencia do Agente de Polícia Enrique, o advogado me enviou por e-mail em formato pdf parte da documentação (incompleta) e ainda rasurada. Nessa documentação não sai à defesa e nem a acusação do Sr. Mariano, o que me deixou muito perplexa, ter um advogado penal que não me defendeu em nada, apenas tirou fotocopia de toda a minha documentação, porém não apresentou nada em juízo. O Agente de Polícia (responsável da Proteção da Mulher) me disse que eu esquecesse esse processo porque já estava perdido e que lutasse pelos meus direitos lá no processo Civil (Divórcio), sendo que conversando com a minha advogada e explicando claramente o que eu penso, mesmo que jornais ou televisões dificultem a publicação, buscarei outros meios.
Além do mais, o meu ex-marido infringiu uma ordem de afastamento que a juíza decretou, como consequência eu tive um derrame na perna esquerda. O caso foi arquivado como se não tivesse passado nada. Ademais, foi declarado que o meu ex-marido nunca portou arma, porém eu descobri e foi comunicado à polícia que ele já teve porte de arma, uma carabina de calibre 4.5 e também sabiam que houve ameaças da sua família a minha pessoa.
Por determinação da própria justiça espanhola encaminharam o meu caso aos órgãos de ajuda social da cidade que eu resido.
Efetivamente, imediatamente fui atendida muito bem pelos Serviços Sociais da Prefeitura de Huesca. O problema é que esse “bom atendimento” e ajuda foi só enquanto eu ainda estava declarando nas audiências, ou seja, durante apenas as primeiras semanas.
No dia 26 de março fui com a minha filha pedir auxílio ao Serviço Social da Prefeitura de Huesca, e falando com uma assistente social que se chama Rosa, ela nos ordenou que eu buscasse ajuda com a minha família que vive no Brasil já que eu não tenho como sobreviver aqui (mesmo eu sendo proprietária de um apartamento juntamente com o meu ex-marido que não quer entrar em nenhum acordo), disse que eu deveria ir embora deixando tudo para trás, que passasse o apartamento ao nome do meu ex e que minha filha, para não empiorar mais a minha situação deveria deixar-me aqui sozinha, e que depois ela buscasse com o seu pai uma forma de enviar-me dinheiro desde o Brasil como seja se eu não quisesse ir embora agora. Já que a minha filha estando aqui só me complicaria mais a vida.
Durante três longas horas e sem parar, veio uma psicóloga especialista nesses casos (violência familiar), a Sra. Carmem, também da Prefeitura, me pressionou tanto para que eu encontrasse uma solução e me decidisse de uma vez, abandonar o país já que muitos outros estrangeiros estão indo embora, e que eu esquecesse tudo o que eu tinha investido até então com o meu ex-marido, pois como eu já tenho tudo perdido não vale a pena lutar já que eu não tenho mais como gastar aqui e que, como sabemos não existe lei para obrigá-lo a cumprir com os seus deveres, e ademais, me disse que levasse o nosso cachorro que vivia conosco há 10 anos para a protetora dos animais para sacrificá-lo, que essa era a única solução que eles viam para o meu caso, já que minha filha e o cachorro eram duas bocas mais para alimentar. Disse tudo isso e mais, gritando com a minha filha e comigo, até que no final da conversa disse que não nos íamos entender se eu não a acatasse o que a ela (a psicóloga) estava dizendo e nos convidou as duas literalmente a sair da sua sala.
Dia 11 de abril tive que voltar a falar com elas, já que essas duas senhoras fecharam as portas para mim e para minha filha em todos os sentidos, já que todos os órgãos que nós percorremos nos disseram que como era ela (a Sra. Rosa) que estava levando o “meu caso” eles não podiam se meter no trabalho dela, nem sequer dar-nos alimentos que é o mínimo que se oferece a um ser humano, disse que se eu e minha filha quiséssemos beber água, a gente beba água da torneira, porque água é um luxo para gente. Ademais, me comentou que se eu esperasse o divórcio, isso poderia demorar muito e eu não tinha condições de ficar aqui dessa maneira, que era melhor eu resolver tudo isso com a minha família e pensar em ir embora de vez.
E, em base a esse crime que estão cometendo comigo, que estão roubando a minha própria dignidade, a minha liberdade, o meu bem mais valioso que é a minha vida, é que estou recorrendo a todos os meios possíveis e impossíveis tanto na Espanha como no Brasil. Busquei, desde janeiro de 2013, orientação por parte de todos os órgãos brasileiros: Consulado Geral do Brasil em Barcelona, o Ministério das Relações Exteriores, o Portal Consular do DAC, Divisão de Assistência Consular e inclusive, à Presidência do País. Ainda, não obtive resposta por parte de ninguém e não entendo nada o que está acontecendo também com os órgãos brasileiros.
Já me descriminaram e já me humilharam tudo o que quiseram. O meu ex-marido me proibiu de renovar a minha documentação que segundo o Sr. Emilio Fontana do Consulado do Brasil em Barcelona eu estava fazendo um drama, me deixaram mais de mês sem luz propositalmente, me retiraram totalmente a única renda económica que eu deveria ter até fevereiro de 2014, me retiraram também a ajuda de alimentos, o que me obriga a partir de agora a ficar sem nada e a esperar. Em breve, com o apoio da justiça espanhola e dos órgãos governamentais brasileiros, vão me tomar também o meu apartamento que é próprio e me deixar na rua com a minha filha.
Tudo isso está devidamente documentado, recorro ao meio público com a intenção de alguém da lei se manifeste e faça justiça, e, outros brasileiros possam entender como realmente funciona um estado democrático e o que eles podem esperar desse estado, que é o que eu espero ainda em vida.
Responsabilizo a todos os órgãos governamentais citados neste documento e nomes, que qualquer coisa que venha a acontecer a minha pessoa e/ou a minha filha, serão diretamente os responsáveis esses, principalmente os órgãos brasileiros, porque eu sou cidadã brasileira.
Agradeço enormemente a atenção e o contato do O Rebate.
Marilene Lopes Silveira.
publicidade
publicidade
Crochelandia

Blogs dos Colunistas

-
Ana
Kaye
Rio de Janeiro
-
Andrei
Bastos
Rio de Janeiro - RJ
-
Carolina
Faria
São Paulo - SP
-
Celso
Lungaretti
São Paulo - SP
-
Cristiane
Visentin

Nova Iorque - USA
-
Daniele
Rodrigues

Macaé - RJ
-
Denise
Dalmacchio
Vila Velha - ES
-
Doroty
Dimolitsas
Sena Madureira - AC
-
Eduardo
Ritter

Porto Alegre - RS
.
Elisio
Peixoto

São Caetano do Sul - SP
.
Francisco
Castro

Barueri - SP
.
Jaqueline
Serávia

Rio das Ostras - RJ
.
Jorge
Hori
São Paulo - SP
.
Jorge
Hessen
Brasília - DF
.
José
Milbs
Macaé - RJ
.
Lourdes
Limeira

João Pessoa - PB
.
Luiz Zatar
Tabajara

Niterói - RJ
.
Marcelo
Sguassabia

Campinas - SP
.
Marta
Peres

Minas Gerais
.
Miriam
Zelikowski

São Paulo - SP
.
Monica
Braga

Macaé - RJ
roney
Roney
Moraes

Cachoeiro - ES
roney
Sandra
Almeida

Cacoal - RO
roney
Soninha
Porto

Cruz Alta - RS