Moore acusa administração Bush de perseguição política

Moore acusa administração Bush de perseguição política

LOS ANGELES (EUA) - O cineasta norte-americano Michael Moore pediu à administração Bush que retire uma investigação que foi aberta sobre sua viagem a Cuba, que ele organizou para tratamento de saúde dos bombeiros que trabalharam no resgate dos ataques terroristas de 11 de setembro de 2001.

O episódio dos bombeiros norte-americanos recebendo tratamento médico em Cuba, depois de abandonados pelo sistema de saúde dos Estados Unidos, está no novo filme de Michael Moore, "Sicko", no qual ele expõe as falhas do sistema de saúde do seu país.

Moore, que fez o documentário premiado "Fahrenheit 9/11", no qual investiu violentamente contra o presidente do país, George W. Bush, pela sua condução fraca da crise após os atentados, disse ontem, em carta, ao secretário do Tesouro norte-americano, Henry Paulson, que a Casa Branca deve ter aberto uma investigação contra ele por razões políticas.

"Durante cinco anos e meio, a administração Bush ignorou e negligenciou os heróis de 11 de setembro", escreveu Moore na carta, que ele postou no site liberal "Daily Kos". "Estes primeiros heróis que trabalharam no resgate foram abandonados à própria sorte, sem cobertura de saúde e nenhum cuidado médico. Eu entendo o porquê da administração Bush investir contra mim - eu tentei ajudar as muitas pessoas que eles se recusaram a ajudar, mas até que George W. Bush passe uma lei determinando que é ilegal ajudar seus conterrâneos, eu não estou infringindo a lei e nada tenho a esconder".

A indústria dos planos de saúde dos EUA, retratada de maneira contundente em "Sicko" foi a maior doadora de dinheiro para a campanha de reeleição de Bush à presidência em 2004 e aos candidatos republicanos nos últimos quatro anos. Funcionários do Tesouro não responderam às acusações.

O Escritório de Bens Estrangeiros (Ofac, na sigla em inglês) do Departamento do Tesouro notificou Moore em uma carta datada de 2 de maio, de que estava conduzindo uma investigação sobre ele em relação a possíveis violações ao embargo comercial dos EUA contra Cuba.

O embargo proíbe, há mais de 40 anos, que cidadãos norte-americanos viajem a Cuba ou negociem com o país. Moore questionou a data em que o governo começou a investigá-lo, ao notar que as primeiras exibições de "Sicko" acontecerão em 19 de maio no Festival de Cinema de Cannes, na França, e o filme terá estréia em grande circuito nos EUA em 19 de junho.

A administração Bush conhecia seus planos de viajar a Cuba desde outubro do ano passado, que esteve na ilha em março de 2007 com 10 trabalhadores envolvidos nos esforços de resgate nas ruínas do World Trade Center de Nova York, após o ataque desfechado pela al-Qaeda em 11 de Setembro de 2001.

O Tesouro afirmou que Moore pediu permissão em outubro de 2006 para viajar a Cuba como jornalista, mas que o Escritório não lhe deu nenhuma permissão definitiva para viajar ao país. Moore venceu um Oscar em 2002 com seu documentário "Tiros em Columbine", sobre a falta de controle de armas nos EUA e a chacina executada por adolescentes desajustados em uma escola.
Já "Fahrenheit 9/11" recebeu o prêmio máximo em Cannes em 2004, durante uma briga entre Moore e a Walt Disney Co., que recusou-se a permitir que a subsidiária Miramax lançasse o filme em grande circuito, por causa do seu conteúdo político. Mais tarde, executivos que trabalhavam na época na Miramax, Harvey e Bob Weinstein, fundaram a própria distribuidora, a Weinstein Co., que agora lança "Sicko".

Cuba
O diário cubano "Granma", do Partido Comunista, publicou na edição de ontem que o cineasta Moore é a nova vítima do embargo dos EUA a Cuba e da censura no seu próprio país. Segundo o "Granma", Moore voou a Havana com 10 trabalhadores dos serviços de emergência que trabalharam no resgate nas Torres Gêmeas após os atentados de 11 de setembro de 2001, e receberam atenção médica na ilha. O jornal lembra que o embargo dos EUA a Cuba, que já dura mais de 40 anos, é uma ação criminosa que custou vidas e graves prejuízos econômicos aos habitantes da ilha.

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