Religião ou saúde não são razões para mutilação de mulheres e meninas

fgm 300x257 Religião ou saúde não são razões para mutilação de mulheres e meninas
ONU marca Dia Internacional de Tolerância Zero à Mutilação Genital. Foto: ONU

Mensagem de Ban Ki-moon marca Dia Internacional de Tolerância Zero à Mutilação Genital, neste 6 de fevereiro; Guiné-Bissau é citada por lei contra a prática, que afeta mais de 125 milhões de pessoas, a maioria na África.
As Nações Unidas marcam nesta quinta-feira o Dia Internacional de Tolerância Zero à Mutilação Genital.
Em mensagem, o Secretário-Geral da ONU afirmou que a data é uma oportunidade de lutar pelo fim da prática, que afeta mais de 125 milhões de meninas e mulheres no mundo. A maioria na África.

Tradição
Ban disse que o mundo precisa preservar o que é bom em cada cultura e deixar o que é ruim para trás. Muito defensores da mutilação feminina alegam que a prática é uma questão de costume e tradição.
Mas segundo o chefe da ONU não existe nenhuma razão religiosa, de saúde ou desenvolvimento que possa justificar que uma menina ou mulher seja mutilada. Para Ban, qualquer tradição que rebaixe ou humilhe um ser humano tem que ser erradicada.
A mutilação, também conhecida como circuncisão feminina, causa danos graves além de possibilidades de infecções, complicações na gravidez e no parto que podem levar à morte.

Guiné-Bissau
Pelo menos 29 países na África e no Oriente Médio já registraram a prática. Há relatos de que a mutilação também ocorra em comunidades de migrantes fora do continente africano.
Segundo especialistas, se a prática permanecer até 2030, 86 milhões de meninas e mulheres poderão se tornar vítimas.
Mas Ban também ressaltou avanços no combate à mutilação genital. Ele citou a Guiné-Bissau, ao lado de Uganda e do Quênia, como um dos países que adotaram leis contra a prática. O chefe da ONU lembrou ainda prisões efetuadas na Etiópia contra autores da mutilação genital feminina.

Assembleia Geral
Já no Sudão, uma campanha batizada de Saleema, inspirou um pai a não circuncidar a filha. Em árabe, a palavra significa intocável. Para ajudar às mulheres que já passaram pela prática, a ONU está organizando ações com agências parceiras para recuperar os danos físicos causados às vítimas da mutilação genital.
Ban lembrou que a resolução da Assembleia Geral sobre o Dia Internacional de Tolerância Zero à prática foi apoiada por todos os países africanos.
Segundo ele, o desafio da organização agora é angariar o apoio da opinião pública e criar mecanismos de ajuda a todas as mulheres e meninas afetadas pelo risco da mutilação.

* Apresentação: Edgard Júnior.
** Publicado originalmente no site Rádio ONU.

publicidade
publicidade
Crochelandia

Blogs dos Colunistas

-
Ana
Kaye
Rio de Janeiro
-
Andrei
Bastos
Rio de Janeiro - RJ
-
Carolina
Faria
São Paulo - SP
-
Celso
Lungaretti
São Paulo - SP
-
Cristiane
Visentin

Nova Iorque - USA
-
Daniele
Rodrigues

Macaé - RJ
-
Denise
Dalmacchio
Vila Velha - ES
-
Doroty
Dimolitsas
Sena Madureira - AC
-
Eduardo
Ritter

Porto Alegre - RS
.
Elisio
Peixoto

São Caetano do Sul - SP
.
Francisco
Castro

Barueri - SP
.
Jaqueline
Serávia

Rio das Ostras - RJ
.
Jorge
Hori
São Paulo - SP
.
Jorge
Hessen
Brasília - DF
.
José
Milbs
Macaé - RJ
.
Lourdes
Limeira

João Pessoa - PB
.
Luiz Zatar
Tabajara

Niterói - RJ
.
Marcelo
Sguassabia

Campinas - SP
.
Marta
Peres

Minas Gerais
.
Miriam
Zelikowski

São Paulo - SP
.
Monica
Braga

Macaé - RJ
roney
Roney
Moraes

Cachoeiro - ES
roney
Sandra
Almeida

Cacoal - RO
roney
Soninha
Porto

Cruz Alta - RS