MP abre inquérito para apurar racismo institucional (sic) no shopping Higienópolis, em SP
É dantesca, seria cômica se não fosse trágica, a notícia do jornal burguês Folha de S. Paulo 4ª feira, 14/06/2017, intitulada: “MP abre inquérito para apurar racismo institucional (sic) no shopping Higienópolis, em SP”. Na qual, tanto o promotor de Defesa (sic) dos Direitos Humanos do Ministério Público (MP) em São Paulo, Eduardo Valério, quanto o artista plástico Ênio Squeff o pai do menino que foi vítima de racismo no interior do shopping, querem anistiar o racismo e o capitalismo. Sob a alegação de que são “propositivos” ambos defendem enquanto supostas medidas de “combate” ao racismo e ao capitalismo, o paliativo gênero de política denominado ação afirmativa (AA), que pode ser pública ou privada e objetiva “humanizar” a exploração capitalista e a opressão racista.
Gênero de política criado pelo estadunidense jurisfilósofo burguês John Rawls (1921-2002) que era branco, AA serve de guarda-chuva para a espécie de política pública ou privada baseada na ideologia ou crença fundamentalistas da não-comprovada cientificamente existência de “raças” humanas, por isto também chamada de racialismo ou espécie de política racialista. Nessa notícia do jornal Folha de S. Paulo, o não-identificado menino vítima de racismo tem cor da pele preta-negro-afrodescendente e é aluno do elitista colégio privado Sion que é judaico, a mesma origem do pai dele, o artista plástico Ênio Squeff que é branco ou euro descendente.
Já o promotor do MP-SP, Eduardo Valério não teve a característica antropológica citada. Ele e o artista plástico mostraram não serem adeptos dos ensinamentos do revolucionário marxista Trotsky (1879-1940) no livro Nacionalismo Negro: “A luta dos negros na África e países da diáspora contra o racismo e o (imperialismo) colonialismo é específica, estratégica e indissociável da luta de classes”. E do maior herói negro mundial o mártir internacional da consciência antirracista, o sindicalista e líder socialista negro sul-africano Stephen Bantu “Steve” Biko (1946-1977): “Racismo e capitalismo são os dois lados de uma única e mesma moeda”.
O que não impede ambos de tomarem as seguintes medidas cabíveis, legais e imprescindíveis. O pai do menino negro vítima de racismo tem que avocar a Lei federal 7.716/1989 (lei Caó) que pune com prisão mais multa enquanto inafiançável e imprescritível o crime de racismo, no caso o(s) proprietário(s) do shopping e mesmo a vigilante terceirizada que assumiu ser negra. Paralelamente, o artista plástico enquanto pai do menino negro vítima de racismo, em função de seu discurso antirracista deve exigir do promotor do MP-SP que instaure contra os mesmos as devidas ações civis públicas. Abaixo o racismo! Abaixo o capitalismo!
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*jornalista – é militante do Movimento Negro Socialista (MNS) e da seção brasileira da Corrente Marxista Internacional (CMI) a Esquerda Marxista (EM) corrente interna do PSOL.