O que nunca foi, não é e jamais será Gestão do Conhecimento

Os atuais desafios corporativos que enfrentamos diariamente possuem uma estreita e importante relação com as temáticas que envolvem a gestão do conhecimento.
Confesso que tenho estudado este assunto, desde os tempos em que ainda era funcionário de uma organização, no final do século XX, cuja principal demanda, na época, decorria da necessidade de garantir que as boas práticas desenvolvidas em seus projetos, pudessem ser compartilhadas junto aos demais, e de forma análoga, que as iniciativas não tão boas também pudessem não voltar a se repetir.
Ainda que não tivessem, naquele tempo, um nome específico, hoje em dia, este entendimento se aproxima ao que muitas empresas chamam, equivocadamente, de lições aprendidas. O erro reside na suposta, e primária, crença de que basta garantir eventual compartilhamento entre os colaboradores para que o aprendizado daquilo que deve, ou não ser feito, se torne efetivo, o que, cá entre nós, está longe de ser um fato sequer próximo da realidade. As lições aprendidas demandam que algo passe a ser considerado e/ou contemplado pelas pessoas desde então.
Posteriormente, veio a época em que muitos acreditaram que a adoção de alguma ferramenta tecnológico, sobretudo softwares e portais, fosse a questão essencial a ser considerada por uma organização que buscava gerir seus conhecimentos de forma eficiente. A justificativa utilizada para tal era que apenas através dela seria possível potencializar o registro e, posteriormente, o compartilhamento junto ao maior número de pessoas possível. O resultado disso é que até hoje muitas empresas possuem sistemas de T.I. desenvolvidos e/ou adquiridos para este fim que se tornaram em depositórios de arquivos mortos, cujas falta de estatísticas impedem de afirmar a quase nula consulta aos mesmos.
Ainda houve outros mitos relacionados a este importante processo que envolve a gestão do conhecimento. Seguindo uma linha, talvez mais humanista, alguns autores chegaram a afirmar que por vivermos ao que o genial Peter Drucker afirmou ser a sociedade do conhecimento, ele deveria estar presente junto a todas as áreas de uma organização, independentemente dos níveis hierárquicos. Até aí tudo certo, mas nova interpretação “rasa” acabou por evoluir para o entendimento do que se chamou de democracia do conhecimento, segundo a qual todos os presentes em uma organização deveriam ter, como que por direito, o acesso a todos os conhecimentos presentes na mesma. Não é difícil identificar desalinhamento com o entendimento desenvolvido por Drucker, uma vez que a gestão do conhecimento demanda como premissa que cada pessoa tenha acesso aos conhecimentos que estejam alinhados as suas atribuições e/ou competências.
Vida que segue e a verdade é que os equívocos conceituais, motivados por inúmeras razões, algumas de cunho econômico, tem impedido que este tema alcance os resultados compatíveis a sua relevância reconhecida por qualquer organização. Não há a menor dúvida, que em toda pesquisa corporativa, a gestão do conhecimento sempre será considerada uma tema de grande importância, ao mesmo tempo, que será indicada como algo ainda não presente de forma real no dia a dia das empresas, por mais que algumas delas já tenham até cargos e áreas batizadas com seu nome.
Um dia desses, por exemplo, li um anúncio em um site de uma grande empresa que havia vagas disponíveis para analistas de gestão do conhecimento. Ao ver a descrição de competências para os candidatos, me deparei com o seguinte requisito básico: o domínio no software XPTO (apresentado no anuncio, como sendo o de gestão do conhecimento).
Durma-se com um barulho desses.
A boa noticia é que sempre há tempo.

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