A encíclica papal e a inadequação do petróleo

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Em sua Encíclica mais recente, Laudato Si, o Papa Francisco acusa abertamente os que agridem a Natureza ao afirmar: “A Natureza não perdoa. Se você a ataca, ela contra-ataca”.  Seu texto visa a salvaguarda do ambiente e está relacionado com a justiça para os pobres e com a solução dos problemas causados por uma economia que persegue somente o lucro não importando seu custo.

Não concorda o autor da Encíclica com a agressão feita à nossa Casa Comum pelo uso de fontes de energia sujas e que insistem em agredir a vida e a Natureza apenas para que alguns enriqueçam. É evidente no texto papal que a energia obtida do petróleo, do gás natural e do carvão está incluída entre os fatores que agridem nossa Casa Comum.

Já passamos da hora de iniciar a substituição progressiva, mas ininterrupta dessas fontes de energia por algo mais limpo, inteligente e não agressivo à vida e ao ambiente em que todos vivemos.

Há mais de um século a sociedade humana vem utilizando veículos com motores de combustão interna para mover automóveis, veículos de carga, ônibus, locomotivas ferroviárias, navios, barcas e mesmo aviões. As características comuns entre os motores desses veículos é o baixo rendimento, o alto consumo e a agressão ambiental. Ao longo desse período muito pouco ou nada de substancial foi feito para alterar esses parâmetros.

Há até uma linha de analistas que acredita existir um conluio entre produtores de petróleo e fabricantes desses veículos para forçar o consumo daquilo que produzem.

Felizmente, já existe, em baixa escala ainda, mas a caminho de se tornar usual o automóvel híbrido cuja movimentação é resultado da tecnologia e da engenharia.

 Um automóvel hibrido é um automóvel que possui mais de um motor, usando cada um o seu tipo de energia para funcionar. O modelo mais comum possui, além de um motor de combustão a gasolina ou a óleo diesel, um motor elétrico, cuja função é auxiliar o motor de combustão nos baixos regimes e subidas, permitindo assim um menor consumo de combustível e um aumento do rendimento global. 

Nas frenagens ou em descidas, as rodas passam a fornecer energia ao motor elétrico, funcionando este como gerador para carregar as baterias, prolongando, desta forma, a autonomia do motor elétrico. 
Quando o veículo está parado com o motor de combustão em funcionamento, este é desligado (consumo zero), passando outra vez a operar o motor elétrico, ligando-se automaticamente o motor a combustão quando se aciona o acelerador ou se engrena uma marcha. 

Nos casos de maior necessidade de potência, como numa ultrapassagem ou numa subida acentuada, o motor elétrico fornece a potência adicional; em casos de funcionamento em regimes de baixa velocidade, o motor elétrico fornece toda a energia para movimentar o veículo, uma vez que os motores de combustão interna são menos eficientes ainda nos regimes de baixa demanda. 

Segundo dados de um dos fabricantes desses veículos - a Toyota japonesa - o consumo médio de seu veículo híbrido está na faixa de 25,5 km/litro ou 132 % menor que seu veículo convencional de mesma cilindrada. Naturalmente, veículos com esta tecnologia demandarão cada vez menos petróleo, caminhando na direção da Encíclica papal.

Os principais fabricantes de veículos do mundo já têm seu veículo híbrido no mercado. Por enquanto, os veículos atendem apenas uma pequena fatia do mercado, a dos veículos de passeio, mas nada impede que em breve tenhamos a mesma tecnologia aplicada a outros tipos de veículos.

Quanto ao preço, de início, como tudo no capitalismo, o preço ainda é alto, mas com o aumento da produção e a competição salutar, esses números chegarão aos níveis dos veículos atuais.

Se considerarmos que 58% do petróleo produzido no mundo destina-se a produzir combustíveis para esta faixa de consumo – os automóveis de passeio – é um dado alvissareiro saber que, em breve, a demanda por petróleo poderá cair sensível e progressivamente.

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