A ameaça de privatização da Petrobras

A diretoria da Petrobras, sob nova direção, decide vender 15 bilhões de dólares em ativos da empresa, incluindo poços, refinarias, gasodutos, oleodutos e postos de gasolina. A imprensa noticia que a empresa precisa pagar algo em torno de 16 bilhões de dólares de dívida este ano, que precisa de mais 15 a 17 bilhões para novos investimentos e que terá que ir ao mercado para conseguir isso.
 Os efeitos da quebra do monopólio são visíveis a olho nu e para “ajudar” o governo anuncia novos leilões de campos de petróleo, interesse ou não a Petrobras. Sim, o governo Dilma ataca os trabalhadores com as MPs 664 e 665 e agora também com as privatizações.
E os trabalhadores, sob estes ataques, sofrem e morrem, literalmente. Vítima do mal cuidado, uma plataforma explode e morrem nove trabalhadores.
A CUT e a FUP chamam um ato no dia 13 de março contra as MPs e em defesa da Petrobras. Mas “esquecem” de dizer que a única defesa que pode ser feita é exigir a volta do monopólio estatal do petróleo e gás, exigir a Petrobras 100% estatal, mobilizar os trabalhadores para realizarem assembléias e reuniões para barrarem os planos privatistas do governo atual e organizarem a luta pelo controle operário da empresa. Os trabalhadores da Petrobras têm o direito de vetarem diretores que estão de acordo com os planos privatistas do novo presidente e de expulsá-lo da empresa.  
Apesar de todos os ataques que a Petrobras tem recebido no último ano os trabalhadores tem respondido à altura e são os grandes responsáveis pelo significativo aumento da produção de barris de petróleo no ano de 2014. Tanto os empregados próprios como os trabalhadores terceirizados
A média da produção de petróleo e gás diária passou de 2,54 milhões de barris em 2013 para 2,67 milhões em 2014, um aumento de 5,1%. A produção no Pré-sal, em dezembro de 2014, atingiu a média de 666 mil barris de petróleo por dia. No dia 21, também em dezembro, foram produzidos 713 mil barris no pré-sal.
Para absorver toda essa produção é necessário continuar as obras das refinarias e dos complexos petroquímicos em todo o Brasil. É preciso parar de exportar o petróleo cru assim como acabar com a necessidade de importar gasolina de qualidade. Muitas obras da Petrobras estão paralisadas por conta dos escândalos de corrupção e não cumprimento de prazos. É preciso destravar estas obras com a absorção destas construtoras e coloca-las sob o controle dos trabalhadores para que nenhuma obra seja paralisada.
Esta paralisia tem lançado muitos trabalhadores no desemprego e em alguns casos nem mesmo a verba rescisória é paga, como aconteceu com os trabalhadores da Alumini, que tocavam obras no COMPERJ, os trabalhadores que não foram demitidos estão sem receber seus salários há três meses, mas isto não reduziu a vontade de lutar destes trabalhadores. No dia 10 de fevereiro, eles entraram para a história do movimento operário brasileiro ao parar a Ponte Rio - Niterói, caminhando do vão central até a Sede da Petrobras exigindo seus direitos. 
Estas empresas precisam ser absorvidas e seus funcionários contratados diretamente. Todos sabem que um empregado terceirizado, no fim das contas, custa o mesmo que um empregado próprio. Com o lucro e os desvios das empresas contratadas seriam facilmente pagos todos os benefícios e encargos trabalhistas destes empregados.
Estas demandas são os primeiros passos na direção de uma economia socialista. A crise da Petrobras está diretamente ligada à subordinação ao mercado, que a torna refém das agências de riscos e seus senhores. Só o combate pelo socialismo pode defender a Petrobras e seus trabalhadores.

www.marxismo.org.br

Corrente Sindical Esquerda Marxista/CUT.
Contato: *Fernando Leal – Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.(21) 97292-8830
*É diretor do SINDIPETRO-RJ.

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