Saúde, um direito de quase todos

O brasileiro já se acostumou a pagar altas cargas tributárias e a não ter nem 40% desses valores revertidos em benefícios da população. Um dos fatores que mais preocupa o povo e os estudiosos da nossa economia é o atendimento precário prestado na área da saúde. Em algumas capitais, pacientes esperam até cinco anos por uma cirurgia não emergencial. Nos hospitais e prontos-socorros de todo país, somente filas e queixas quanto à qualidade do atendimento.
Na verdade, o problema é que tanto o serviço público quanto o privado desafiam a saúde e o fôlego dos brasileiros. O maior estorvo, é claro, está no atendimento oferecido pelo governo.
A qualidade do serviço também é influenciada pela insatisfação dos médicos que trabalham para o Sistema Único de Saúde (SUS). De acordo com o Instituto Brasileiro para Estudo e Desenvolvimento do Setor de Saúde, em média, a remuneração dos profissionais da área pública é metade da paga pela privada. Em alguns casos, a diferença é exorbitante: uma equipe de seis profissionais recebe 940 reais do SUS por cirurgia, enquanto receberia até 13.500 reais dos planos de saúde.
Diante do caótico quadro da saúde pública, os brasileiros se esforçam para manter planos privados. Atualmente, 26,3% da população - ou 49,1 milhões de pessoas - compromete parte da renda para ficar longe dos hospitais públicos. O desafio é manter as contas em dias à medida que envelhecem. Aos 60 anos, um assegurado pode ter que desembolsar mais de 700 reais para manter um plano básico, suficiente apenas para ocupar um leito de enfermaria ao lado de  outros pacientes, em caso de internação.
Perguntei a um médico em Brasília o que ele achava sobre as contratações dos colegas cubanos como parte da solução para saúde pública e ele respondeu que não concordava. Disse que nada tinha contra os profissionais cubanos ou de outros países, mais que isso não resolveria o problema. Ele afirmou resignado que o governo não oferece plano de carreira, que as prefeituras do interior os atraem com bons salários, pagam o primeiro, o segundo e depois não pagam mais -, porém, eles já estão fixados lá e nada podem fazer, a não ser voltar frustrados para as suas cidades de origem e buscar empregos nos grandes hospitais. Ele complementou aos meus questionamentos declarando que os médicos cubanos serão ótimos cabos eleitorais para o governo.
Frente a esse quadro, cresce ainda mais a importância da discussão acerca do sistema público de saúde - alimentado com o dinheiro que sai do bolso do contribuinte, mas que, em geral, não cuida bem desse cidadão.
O governo precisa garantir um atendimento de saúde universal decente, para uma população que paga até para respirar. 

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