Consta que o compositor romântico tardio Camille Saint-Saëns, ao ouvir as primeiras notas de um fagote, perguntou de qual instrumento se tratava e saiu da sala de concertos em sinal de protesto. Deve ser mais uma das lendas que rondam a estreia de "A sagração da primavera", no Teatro dos Campos Elísios de Paris, em 29 de maio de 1913, composição de Igor Stravinski que considero a fundadora da
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Recentemente, Marilene Ramos, presidente do Instituto Estadual do Ambiente (INEA), esteve em Campos anunciando a segunda etapa de recuperação da malha de canais da Baixada dos Goitacazes. De certa forma, ela reconheceu o fracasso da primeira fase, atribuindo-o ao assoreamento e à eutrofização do sistema. Em outras palavras, ela disse que os R$ 180 milhões investidos na primeira fase foram
Sei que já estão consagradas as expressões "história antiga", história medieval", "história moderna", história contemporânea" e agora "história ambiental". Não tentarei mais desconstruir estas denominações. Limitar-me-ei a empregar a expressão ecohistória por entender que a história não é ambiental, mas história do ambiente, ou melhor, história das relações das sociedades humanas com o ambiente.
Comecei minha carreira acadêmica dando aula de história da antiguidade (e não antiga). Nos meus planos de curso, eu dedicava parte expressiva para analisar os hominídeos e as origens da cultura. As sociedades paleolíticas e neolíticas (e não pré-históricas) mereciam atenção especial e sempre suscitavam polêmicas com os alunos. Infelizmente, os professores de história da antiguidade hoje não se
Em setembro deste ano, vai se realizar o Segundo Festival de História de Diamantina. Numa ilustrativa entrevista, a professora Pilar Lacerda, curadora do evento, antecipa que o foco dos trabalhos recairá sobre a história dos vencidos e dos esquecidos. Em consonância com a historiografia contemporânea, Pilar explica que a história do Brasil continua sendo contada a partir da perspectiva europeia,
Em “As lagoas do norte fluminense: contribuição à história de uma luta” (Essentia, 2013), livro que lançarei em 5 de maio próximo, reúno os artigos jornalísticos que escrevi sobre as lagoas do norte fluminense. Nele, a Lagoa do Vigário figura três vezes. No final dos anos de 1970, registrei com fotos o processo de ocupação de suas margens, motivado pela divisão do leito da lagoa empreendida pela
Aprendi a apreciar música erudita ouvindo rádio. Mais especificamente a Rádio Ministério da Educação e Cultura. Minha mãe deixava a emissora ligada o dia todo. A música estava lá para quem quisesse. Bastava apenas uma pessoa interessada em ouvi-la. Desde que nasci, minha mãe, uma musicista frustrada em sua carreira artística pelo casamento, estava sintonizada em emissoras de rádio com programação
LANÇO OS LIVROS MÍNIMA POÉTICA E AS LAGOAS DO NORTE FLUMINENSE NO DIA 9 DE MAIO, ÀS 18 HORAS, NO INSTITUTO FEDERAL FLUMINENSE, CAMPUS CENTRO. SE POSSÍVEL, SERÁ LANÇADA TAMBÉM UMA EDIÇÃO COMENTADA DO ROTEIRO DOS SETE CAPITÃES, DOCUMENTO FUNDAMENTAL PARA A HISTÓRIA COLONIAL DO NORTE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO. AGUARDO TODOS.ABRAÇOSARTHUR SOFFIATI
Amo o planeta em que vivo, e, por mim, seria imortal para amá-lo e cuidar dele sempre. Esta é uma das razões para eu não me preocupar muito com a imortalidade da alma, com a reencarnação ou a ressurreição, com julgamentos finais e salvação ou condenação. Respeito muito as religiões sérias, mas me declaro agnóstico. Meu sentimento com o planeta se assemelha ao dos povos arcaicos, que viviam
Meus pais gostavam muito de animais domésticos, sobretudo de cães. Vivi com eles - pais e cachorros - até meu casamento. Não havia preferências. Podiam ter a mais pura raça ou ser o mais legítimo vira-lata. Outra peculiaridade é que os nomes de batismo iam sendo mudados com o tempo. Lembro de uma cadela cujo nome original era Deínha. No fim da vida, chamava-se Duiá. Certa vez, bateu em nossa